sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Fé cega, faca amolada

Agora não pergunto mais pra onde vai a estrada
Agora não espero mais aquela madrugada
Vai ser, vai ser, vai ter de ser, vai ser faca amolada
O brilho cego de paixão e fé, faca amolada

Deixar a sua luz brilhar e ser muito tranqüilo
Deixar o seu amor crescer e ser muito tranqüilo
Brilhar, brilhar, acontecer, brilhar faca amolada
Irmão, irmã, irmã, irmão de fé faca amolada

Plantar o trigo e refazer o pão de cada dia
Beber o vinho e renascer na luz de todo dia
A fé, a fé, paixão e fé, a fé, faca amolada
O chão, o chão, o sal da terra, o chão, faca amolada

Deixar a sua luz brilhar no pão de todo dia
Deixar o seu amor crescer na luz de cada dia
Vai ser, vai ser, vai ter de ser, vai ser muito tranqüilo


Fé Cega, Faca AmoladaÓtima música de Milton Nascimento mostrando a relação da fé cega e da faca amolada, jogando com as palavras e concluindo o quão perigosa pode ser uma fé cega, mais perigosa e cortante até do que a faca. Também me passa uma idéia de despreocupação involuntária, de que o cara chegou a um determinado limite e agora já não importa mais a direção que ele está tomando, não importa mais se aquele momento que ele tanto esperava vai chegar ou não. Tentando ser tranqüilo e deixar acontecer, apesar de tudo, até porque não se preocupa mais tanto assim como antes. Essa é a minha interpretação dessa música.

1 Comentário(s)::

Anônimo disse...

Bela música!
Letra profunda e coerente reflexão.