sexta-feira, 31 de outubro de 2008

As minas do Rei Salomão


Rei SalomãoO Rei Salomão, segundo a Bíblia, teria sido o terceiro rei dos Hebreus, depois de Saul e Davi, de quem era filho. Há poucas evidências históricas do período estimado em 30 anos no qual Salomão teria conduzido a chamada Monarquia Unida, que, ao fim de seu reinado, seria dividida nos reinos de Israel e Judá. Mas as lendas são várias. A idéia de opulência no reinado de Salomão, tornada possível pela existência de minas de ouro praticamente inesgotáveis, foi enaltecida pelo livro “As Minas do Rei Salomão”, publicado em 1885 por Henry Rider Haggard. A aventura liderada pelo aventureiro Allan Quatermain por uma região inexplorada no continente africano é considerada a precursora dos livros sobre “mundos perdidos”.

E eis que agora toda a história do rei ganha novos capítulos. Isto porque um novo estudo, que será publicado em breve na revista “Proceedings of the National Academy of Sciences” (PNAS), destaca que as minas teriam existido em período coincidente com o descrito nos relatos bíblicos. Segundo a pesquisa, o controle da exploração do minério, no caso cobre, em região localizada na atual Jordânia, teria se iniciado durante o reinado de Davi.

EscavaçõesLiderado por Thomas Levy, da Universidade da Califórnia em San Diego, nos EUA, e Mohammad Najjar, da instituição Amigos da Arqueologia, da Jordânia, um grupo internacional de pesquisa escavou um antigo centro de produção de cobre em Khirbat en-Nahas, ao sul do mar Morto. A escavação foi efetuada até se atingir um terreno ainda não explorado, após mais de 6 metros de detritos. Os pesquisadores encontraram artefatos e, por meio de datação por carbono, verificaram que o auge da produção das minas ocorreu no século 10 a.C., o que se encaixa com a narrativa bíblica dos reinados de Davi e Salomão. A data é três séculos anterior ao que estudos arqueológicos anteriores haviam concluído. O estudo também identifica um aumento na atividade metalúrgica no local no século 9 a.C., o que seria consistente com a história do povo edomita também relatada no Velho Testamento.

“Não podemos acreditar em tudo que os escritos antigos dizem, mas o estudo indica uma confluência entre as datas arqueológicas e científicas com as contidas na Bíblia”, afirmou Levy. De 1925 a 1948, período conhecido como “era de ouro” da arqueologia bíblica, os cientistas tentaram encaixar suas pesquisas na cronologia do Velho Testamento. A partir da década de 1970 a tendência modificou-se depois que escavações na Jordânia indicaram que a metalurgia não teria se iniciado na região até o século 7 a.C. Agora, o novo estudo indica que a exploração de minérios começou mesmo mais cedo.

“Nosso trabalho também demonstra métodos objetivos que permitem a análise de dados de modo neutro e isento. Isso é especialmente importante em lugares onde os registros arqueológicos e a análise de textos sagrados tornam-se arenas para calorosos debates ideológicos e culturais”, disse. Segundo Levy, o grupo pretende concentrar os futuros estudos no sítio arqueológico em Khirbat en-Nahas em quem controlava a produção de cobre na região, se os reis Davi e Salomão ou líderes edomitas. O artigo High-precision radiocarbon dating and historical biblical archaeology in southern Jordan, de Thomas Levy e outros, poderá ser lido em breve por assinantes da Pnas em www.pnas.org.

Referências: Agência FAPESP e PNAS

terça-feira, 28 de outubro de 2008

A arte da banana

Acho que não cheguei a mencionar aqui neste blog minhas restrições quanto ao que chamam de arte por aí. Aquelas coisas, na minha modesta opinião, sem sentido, aquelas pinturas e desenhos que não me mostram coisa alguma... Pra mim a melhor arte é aquela que imita de maneira mais fiel a realidade. Mas é apenas uma opinião pessoal.

Mas vejam a arte do Sr. Michael Fernandes, nascido em Trinidad e Tobago e radicado no Canadá. A exibição deste cidadão em Halifax causou uma certa, digamos, comoção, pois tratava-se simplesmente de uma banana no peitoril de uma das janelas de uma galeria de arte. Fernandes colocou sua arte à venda por 2.500 dólares canadenses, aproximadamente R$ 4.500. Certamente uma grande promoção, pois o artista pretendia inicialmente cobrar 15.000 dólares canadenses, o que equivale a uns R$ 27.000 (ou “por apenas R$ 27.000, como diriam as propagandas de concessionárias de veículos).

Banana
Michael Fernandes, na verdade, trocava as bananas todos os dias, colocando sempre uma mais verde no lugar da anterior, de forma a demonstrar a “transitoriedade da banana”. “Nós (humanos) também somos temporais, mas vivemos como se não o fôssemos”, disse ele. Segundo o artista, o trabalho não é exatamente a banana, e sim o processo. E o comprador, como se não bastasse, pagará apenas pelo “conceito” e receberá fotos documentando o projeto. Nenhum pedaço “concreto” de arte passará das mãos do artista para o comprador.

Sendo assim, qualquer um que passasse ali e olhasse para a janela teria que se questionar se uma banana pode ser considerada uma arte (não vale considerar como uma obra de Deus, estamos falando de arte dos “homens”). Muitos estudantes de Artes, inclusive, já deram sua resposta. “Como alguém pode levar isto a sério?”, alguns deles questionaram, indicando que a Arte estava sendo “trivializada”. E viva a Arte...

Referências: News of the Weird e Globe and Mail

sábado, 25 de outubro de 2008

Prêmio Internacional de Projetos Impossíveis - Parte 2

Vejam a segunda parte das grandes inovações da engenharia pelo mundo, concorrendo ao glorioso Prêmio Internacional de Projetos Impossíveis...






» Veja AQUI a Primeira Parte

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Bandeira do Vaticano

No dia 22 de outubro comemora-se o Dia da Cidade-Estado do Vaticano, sendo esta, como em outras ocasiões neste blog, a melhor oportunidade para falar um pouco mais sobre a bandeira do Vaticano e sua história.

A bandeira tem os quadro lados iguais e é dividida verticalmente em duas partes iguais, sendo o lado esquerdo da cor amarela e o lado direito da cor branca. No centro da metade branca há duas chaves cruzadas entre si, que são as chamadas Chaves de São Pedro – que simbolizam o poder que foi dado a São Pedro de adotar ou revogar decisões – e a mitra papal. Além disso, na antigüidade, este tipo de chave era entregue ao Pontífice quando este assumia a sede de Roma.

Bandeira do Vaticano
De acordo com um artigo publicado no L'Osservatore Romano, se precisa como foi que o Papa Pio VII, desde 1808, estabeleceu que as cores do Vaticano fossem o branco e o amarelo. Quando da invasão francesa pelas tropas napoleônicas naquele ano, o Papa, para não confundir os soldados romanos que estavam sob o comando francês, com os poucos que ficaram a seu serviço, ordenou a nova insígnia amarela e branca. Adotaram-na logo os guardas nobres e os suíços. Em 16 de março de 1808, Pio VII comunicou por escrito tal disposição ao Corpo Diplomático e o respectivo documento se considera como a “ata de nascimento” das cores da atual bandeira do Vaticano.

Em heráldica, amarelo e branco normalmente representam os metais ouro e prata, respectivamente, e que não são colocados lado a lado. Exceção especial é feita aqui porque ouro e prata também representam as referidas chaves de São Pedro, que foi o primeiro Papa da Igreja Católica. Esta bandeira foi introduzida em 1825 mas somente foi oficialmente adotada em 8 de junho de 1929, após a independência conquistada da Itália em 11 de fevereiro do mesmo ano.


Bandeira anterior: Bielorrússia

Referência: WorldFlags101 e Paróquia São Paulo Apóstolo

domingo, 19 de outubro de 2008

Rapidinhas de 19 de outubro


Irmãos Lumiére1862 - Lumière: Nasceu nesete dia o francês Auguste Marie Louis Nicholas Lumière, que, junto com seu irmão Louis Jean, inventou do projetor cinematográfico e é considerado por muitos como um dos pais do cinema. Hoje alguns estudiosos afirmam que o aparelho foi inventado por Léon Bouly, em 1892, que teria perdido a patente, de novo registrada pelos irmãos Lumière em 1895. O fato é que eles continuam sendo considerados os fundadores da “Sétima Arte”, ao lado de Georges Méliès, também francês. Auguste e Louis eram ambos engenheiros e dedicaram-se à atividade cinematográfica produzindo alguns documentários curtos, destinados à promoção do invento, embora acreditassem que o aparelho era apenas um instrumento científico sem futuro comercial.

Dirigível de Santos Dumont1901 - Dirigível de Santos Dumont: O brasileiro Alberto Santos Dumont convoca jurados do Aeroclube de Paris para testemunhar a volta do seu dirigível nº 6 em torno da famosa Torre Eiffel e arrematar o prêmio Deutsch. Exatamente cinco anos depois, em outubro de 1906, ele voaria cerca de 60 metros com o avião 14 Bis, no Campo de Bagatelle, também em Paris.

Fluminense1902 - Fluminense x Rio FC: Neste dia foi disputada a primeira partida oficial do o Fluminense Football Club, que goleou o Rio Football Club por 8x0. O Rio Football Club, um clube do bairro do Flamengo foi fundado alguns dias antes do Fluminense por alguns dissidentes da equipe de futebol de Oscar Cox, sendo assim o primeiro clube da história do Rio de Janeiro fundado para a prática exclusiva de futebol. No entanto, o clube foi extinto sem nunca ter disputado o campeonato carioca. Com o fim do Rio FC, coube ao Fluminense o título de agremiação criada para a prática do futebol mais antiga do Rio de Janeiro em atividade.

Vinícius de Moraes1913 - Vinícius de Moraes: Neste dia nasceu o jornalista, poeta e compositor brasileiro Vinícius de Moraes. Poeta essencialmente lírico, notabilizou-se pelos seus sonetos, forma poética que se tornou quase associada ao seu nome. Conhecido como um boêmio inveterado, fumante e apreciador do whisky, era também conhecido por ser um grande conquistador. Ele casou-se por nove vezes ao longo de sua vida. Sua obra é vasta, passando pela literatura, teatro, cinema e música. No campo musical, teve como principais parceiros Tom Jobim, Toquinho, Baden Powell e Carlos Lyra. Alguns de seus maiores sucessos foram “A Felicidade”, “Chega de Saudade”, “Eu Sei Que Vou Te Amar” e “Garota de Ipanema”.

Ernest Rutherford1937 - Falecimento de Ernest Rutherford: Famoso químico e físico neozelandês. Recebeu o Prémio Nobel de Química em 1908 por suas investigações sobre a desintegração dos elementos e a química das substâncias radioativas. Em 1919, em Cambridge, Rutherfod percebeu que a carga positiva de um átomo estava concentrada no centro, num minúsculo e denso núcleo, introduzindo o conceito de “núcleo atômico”. Desenvolveu, então, a moderna concepção do átomo como um núcleo em torno do qual elétrons giram em órbitas elípticas. A liderança e o trabalho de Rutherford inspiraram duas gerações de cientistas. Baseado na concepção de Rutherford, o físico dinamarquês Niels Bohr idealizaria mais tarde um novo modelo atômico.


Referência: Wikipedia

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Rei dos Elogios

Não é possível que seja sério isso hein ow... Deve ser armado, mas mesmo assim dá pra rir muito de tão estrogonoficamente ridículo que é...


segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Quetzalcoatlus

Nas minhas pesquisas pra criar a postagem anterior sobre o Pterodáctilo, acabei me deparando com outro animal com parentesco bem próximo. Trata-se do Quetzalcoatlus, que me impressionou pelo tamanho.

QuetzalcoatlusO Quetzalcoatlus, cujo nome científico é Quetzalcoatlus northropi foi um pterossauro que viveu na América do Norte há cerca de 80 milhões de anos. O seu nome deriva do deus asteca Quetzalcoatl, uma serpente alada. Este animal pertencia à família Azhdarchidae, de pterossauros sem dentes, e foi um dos maiores animais alados da história geológica da Terra, com aproximadamente 12m de envergadura, possuindo também um longo pescoço.

Os primeiros fósseis de Quetzalcoatlus foram descobertos no Texas pelo cientista Douglas Lawson. Até então, o recorde de envergadura para um animal alado pertencia ao Pteranodon, outro pterossauro, com “apenas” 6m. Outros fósseis encontrados do mesmo gênero chegam a sugerir envergaduras ainda maiores, na ordem dos 18m, mas estes não se encontram bem preservados e a comunidade científica permanece cética quanto a estes valores.

Quetzalcoatlus
Através da análise dos esqueletos conhecidos de Quetzalcoatlus, não está claro qual seria o seu modo de vida e foram propostas diversas interpretações. As mais aceitas atualmente sugerem um tipo de vida semelhante ao das garças, embora alguns estudos indiquem que fosse como as cegonhas actuais.

Referências: Wikipedia e AVPH

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Prêmio Internacional de Projetos Impossíveis - Parte 1

Vejam a primeira parte das grandes inovações da engenharia pelo mundo, concorrendo ao glorioso Prêmio Internacional de Projetos Impossíveis...





terça-feira, 7 de outubro de 2008

Candidatos medonhos

Em tempo de eleição sempre aparecem débeis mentais (e alguns ainda são eleitos) que só querem aparecer... Esse link aí embaixo mostra vários deles espalhados por inúmeros municípios do Brasil. Como são muitos, vou colocar só dois aqui como exemplo, mas não deixem de ver o resto (são 64) clicando no link abaixo:

http://noticias.uol.com.br/monkeynews/album/galeramedonha_album.jhtm



sábado, 4 de outubro de 2008

Pterodáctilo

Fóssil de PterodáctiloEis o meu dinossauro favorito: o pterodáctilo. E agora resolvi falar um pouco sobre ele. Pterodáctilo é um gênero dos pterossauros, o primeiro a ser designado e identificado como réptil voador, que viveu durante o período Jurássico. Foram encontrados fósseis de pterodáctilos na Europa e na África. Seu nome deriva das palavras gregas “pteron”, que significa asa, e “daktylos”, que significa dedo, referindo-se à maneira como suas asas são apoiadas em seus dedos.

Era um animal carnívoro e provavelmente se alimentava de peixes e outros animais menores. Como todos os pterossauros, suas asas eram formadas por pele e uma membrana muscular que se estendia desde seu quarto dedo até seus membros posteriores. O pterodáctilo era relativamente pequeno, com envergadura variando de 50cm, como no caso do Pterodactylus kochi, a 2,40m, como no caso do Pterodactylus grandis.

Pterodáctilo

O animal hoje conhecido como pterodáctilo foi o primeiro pterossauro a ser identificado. A primeira espécie foi descrita pelo cientista italiano Cosimo Collini em 1784, baseando-se num esqueleto fossilizado encontrado na região da Bavária, na Alemanha. Entretanto, Collini não o identificou como um animal voador. Na realidade, ele não conseguiu compreender que tipo de animal era aquele, chegando a especular que pudesse ter sido uma criatura marinha. Esta idéia perdurou até a década de 1830.

Foi o cientista alemão Johann Hermann quem reconheceu o pterodáctilo como um possível animal voador, pela característica já mencionada de apoio da asa em seu quarto dedo, o mais longo.

Numerosas espécies foram denominadas como pterodáctilos desde a sua descoberta, sendo as mais famosas o Pterodactylus antiquus e o Pterodactylus kochi. No entanto, a maioria dos estudos mais recentes mostram poucos motivos para separar até mesmo estas duas espécies, tendo as tratado como sendo uma só.

Referência: Wikipedia

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

O Tratado de Santo Ildefonso

Este tratado foi assinado em 1º de outubro de 1777 na cidade de San Ildefonso, na província espanhola de Segóvia, portanto, há exatamente 231 anos. Seu objetivo era encerrar a disputa entre Portugal e Espanha pela posse da colônia sul-americana de Sacramento, situação que se prolongava desde o Tratado de Utrecht e a guerra de 1735-1737. O tratado foi intermediado por Inglaterra e França, que tinham interesses políticos internacionais na pacificação dos países ibéricos.

Com a assinatura do tratado, a rainha de Portugal, D. Maria I, e o rei da Espanha, Carlos III, praticamente revalidaram o Tratado de Madrid e concederam fundamento jurídico a uma situação de fato: os espanhóis mantiveram a colônia e a região dos Sete Povos das Missões, que depois passaram a compor grande parte do estado do Rio Grande do Sul e do Uruguai. Em troca, reconheceram a soberania dos portugueses sobre a margem esquerda do Rio da Prata, cederam pequenas faixas fronteiriças para compensar as vantagens obtidas no sul e devolveram a ilha de Santa Catarina, ocupada poucos meses antes.

Tratado de Santo Ildefonso
A assinatura constituiu, na América, um recuo em relação à doutrina defendida por Alexandre de Gusmão, consagrada no Tratado de Madrid, em 1750, que concedia maiores vantagens a Portugal. Gusmão conseguira, com o apoio da rainha da Espanha, princesa portuguesa, promover uma solução negociada para o conflito entre os dois países na América depois da morte do cardeal da Mota, principal ministro de D. João V. Em 1761, com a assinatura do Tratado de El Pardo, anulou-se o Tratado de Madrid.

A exemplo do que ocorrera após a assinatura deste último, não tiveram êxito os trabalhos de demarcação e, poucos anos depois, os gaúchos Manuel dos Santos Pedroso e José Borges do Canto tomaram a região dos Sete Povos das Missões. Em 1801, o Tratado de Badajós corrigiu o de Santo Ildefonso, restituiu a Portugal as Missões e outros territórios do Rio Grande, e restabeleceu a divisão definida cinqüenta anos antes, no Tratado de Madrid.

Referências: Wikipedia e hjobrasil