sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Engenharia Popular em Geral - Parte VI

Segue a sexta postagem da incrível sequência “Engenharia Popular em Geral”.

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terça-feira, 27 de setembro de 2011

História do Vidro


Janelas de VidroConta-se que “os fenícios, ao voltarem ao Egito, pararam às margens do Rio Belus, e pousaram sacos que traziam às costas, que estavam cheios de natrão (carbonato de sódio natural, que eles usavam para tingir lã). Acenderam o fogo com lenha e usaram os pedaços mais espessos de natrão para neles apoiarem os vasos onde deviam cozer as carnes dos animais que haviam caçado. Comeram e deitaram-se e deixaram o fogo aceso ao adormecerem. Quando acordaram, em lugar das pedras de natrão havia blocos brilhantes e transparentes, que pareciam enormes pedras preciosas. Um deles, o sábio Zelu, chefe da caravana, percebeu que sob os blocos de natrão, a areia também desaparecera. O fogo foi aceso novamente e um líquido vermelho e fumegante escorreu das cinzas. Antes que a areia incandescente se solidificasse, Zelu plasmou com uma faca aquele líquido e com ele formou uma empola tão maravilhosa que arrancou espanto dos mercadores fenícios. O vidro estava descoberto.” Esta é uma versão um tanto lendária, mas fatos e vestígios mais verossímeis relatam que o vidro surgiu há aproximadamente 6000 mil anos.

Por volta de 100 a.C., os romanos já produziam vidro por técnicas de sopro em moldes, de modo a confeccionar suas janelas. Cerca de 400 anos mais tarde, o imperador Constantino passou a cobrar taxas e impostos aos vidreiros, tamanha a difusão e a importância do produto. Entre 500 e 600 d.C. um novo método possibilitou a execução do vidro plano, por sopro de uma esfera e sua sucessiva ampliação por rotação em forno. Até o século XIX, a maior parte da produção de vidro foi feita por este sistema.

Taça de VidroPosteriormente, por volta de 1300, o vidro moldado a rolo foi introduzido em Veneza (técnica vinda do Oriente, através das Cruzadas). Assim, a ilha de Murano notabilizou-se e especializou-se na produção artística do vidro, tendo aparecido nesta época o cristal. Ainda neste período foi descoberto um novo processo: por sopro de cilindros. Tal técnica foi revolucionária para a produção de vidros planos. Por ação simultânea de sopro e força centrípeta, originária da movimentação do cano, obtinha-se um cilindro com cerca de 50 cm de diâmetro e até três metros de comprimento, que depois era colocado em um forno e deixado para estender.

Placas de VidroDa Idade Média em diante, a fabricação do vidro tem sido um assunto de peritos guardado a sete chaves contra restrições familiares e espionagem industrial. A introdução de técnicas francesas na Inglaterra, nos séculos XVIII e XIX, por exemplo, foi feita somente com grande dificuldade. A primazia inicial da França foi exemplificada pela Compagnie de St. Gobain, instalada há cerca de 300 anos para envidraçar o Palácio de Versalhes. Durante a segunda metade do século XIX, muito esforço foi empregado para produzir folhas de vidro por estiramento.

Somente na virada do século XX surgiram três poderosos centros de produção de vidro, que permaneceram os mais importantes centros a leste do Atlântico. A França, berço de muitas técnicas originais, a Inglaterra, berço da Revolução Industrial, e a Bélgica. Ainda assim, embora a moderna fabricação de vidro seja uma criação europeia, logo emergiu com força a indústria americana. No início da década de 1920, a demanda da indústria automotiva levou a Ford Motor Company a criar um processo que colocava em novas bases a produção em massa, com um aperfeiçoado produto prensado que, mais tarde, expandiu a indústria dos Estados Unidos.

Referências: USP/FAU e Wikipedia

sábado, 24 de setembro de 2011

Vampiro português


PortugalNotícia já meio antiga (26/07/2006), mas bizarra. No estabelecimento prisional do Linhó, nos arrededores de Sintra, em Portugal, um recluso matou dois presos internados nos serviços clínicos e simulou os respectivos suicídios. Tudo teria sido por causa do sangue das vítimas. A Polícia Judiciária descobriu que o homicida bebeu sangue de uma vítima e esfregou-se com o sangue da outra.

Segundo o Correio da Manhã, este preso chamava-se Bruno Gaspar, à época com 21 anos, cumpria pena de 14 anos por homicídio. Uma discussão com dois conhecidos na porta de um bar, em Ponta Delgada , nos Açores, em maio de 2004, acabara na ponta de uma faca.

Ele foi internado na ala de psiquiatria do Hospital Prisional de Caxias. O criminoso já teria confessado que “veio ao mundo para matar sete pessoas”. Duas ele já havia assassinado antes de ser preso e outras duas foram mortas no interior do estabelecimento prisional. Na lista das pessoas a eliminar estavam mais três vítimas. Um recluso já estava assinalado, assim como um profissional de saúde do estabelecimento e mais uma terceira pessoa.

O psicopata simulava os suicídios das vítimas, que teriam sido mortas nos dias 16 de junho e 3 de julho daquele ano, por estrangulamento. “Ambos os crimes foram praticados nas casas de banho e davam ideia de que se tratava de suicídios. Os corpos foram encontrados de manhã”, explicou uma fonte prisional.

Referência: Pravda

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Engenharia Popular em Geral - Parte V

Segue a quinta postagem da incrível sequência “Engenharia Popular em Geral”.

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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

História dos Bairros do Rio de Janeiro - Colégio

Dando prosseguimento ao histórico dos bairros do Rio de Janeiro, falarei hoje sobre Colégio.

Na região onde hoje está o bairro, na outrora denominada “Freguesia de Irajá”, havia apenas um professor público, José Teodoro Burlamaqui. O seu colégio, criado em 1860, ficava no cruzamento das estradas da Pavuna e Barro Vermelho, cuja continuação ganharia o nome de Estrada do Colégio. Com a construção, em 1876, da estrada de Ferro Rio d’Ouro, extinta na década de 1960, e sua incorporação pela Estrada de Ferro Central do Brasil, foi implantada a Estação do Colégio. Anos depois, no leito da antiga estrada de ferro, foi construída a Linha 2 do metrô, entre Estácio e Pavuna, e a Estação do Colégio, no mesmo local da antiga parada do trem.

Colégio - Estação
O bairro hoje mescla características tanto de um bairro industrial quanto residencial. Localizado entre os bairros de Irajá, Coelho Neto, Vaz Lobo, Rocha Miranda e Turiaçu, suas principais vias são a Av. Pastor Martin Luther King Jr (antiga Av. Automóvel Clube), Estrada do Barro Vermelho, Estrada do Colégio, Rua Toriba, Rua Caiuá e Rua Guiraréia. Ao contrário do que muitos pensam, não possui comunidades carentes em seu território, devido a um motivo básico: as comunidades adjacentes Pára Pedro e Jorge Turco (Morro da Caixa d'Água) e morro do Faz-Quem-Quer (Serra do Sossego) começaram a crescer ao redor de outros bairros, como Irajá e Coelho Neto.

Colégio
Apesar de enfrentar muitos problemas característicos de bairros de classes mais baixas do Rio de Janeiro, como segurança e urbanização, e de ser pequeno e relativamente subdesenvolvido, o bairro possui fácil acesso pelos meios de transporte, com a estação de metrô da linha 2, a linha de transporte alternativo na Praça do Colégio e várias linhas de ônibus. Também estão instaladas lá várias indústrias de grande porte, escolas, lan houses, igrejas, etc.

Dados Gerais:

• Área territorial (2003): 226,11 hectares;
• Total de população (2000): 29.111 habitantes;
• Total de domicílios (2000): 8.383;

Bairro anterior: Coelho Neto

Referências: Portal Geo Rio e Wikipedia

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Syracuse Nationals conquista o título da NBA em 1954-55

Postagem simultânea com o Blog dos Colunistas do Canal #Sports - LINK.

NBAA temporada de 1954-55 viu as melhores equipes do Leste e do Oeste terminarem com campanhas idênticas: Syracuse Nationals, campeão da Divisão do Leste, e Fort Wayne Pistons, campeão da Divisão do Oeste, terminaram com 43 vitórias e 29 derrotas. Das nove equipes que disputaram a temporada, somente oito chegaram ao fim, pois o Baltimore Bullets, após três vitórias em 14 jogos, desistiu e abandonou o campeonato. A maior atração naquele ano foi, finalmente, a adoção do relógio de 24 segundos, instituindo que as equipes somente dispunham deste tempo para organizar e finalizar suas jogadas ofensivas.

Syracuse NationalsO formato dos playoffs mudara novamente naquela temporada. Agora, apenas os três primeiros de cada divisão passavam para os playoffs, e foi assim que Syracuse Nationals – que na década de 1960 se transformaria no Philadelphia 76ers – disputou a final do Leste contra o Boston Celtics (36-36), que derrotou o New York Knicks (38-34) na semifinal, e o Fort Wayne Pistons disputou a final do Oeste contra o tricampeão Minneapolis Lakers (40-32), que derrotou o Rochester Royals (29-43). Ambas as semifinais de divisão terminaram com o placar de 2-1 na série. Syracuse e Fort Wayen não tiveram muita dificuldade para garantir o título em suas divisões. Ambos venceram as suas séries por 3-1, o que significava o fim da seqüência de títulos dos Lakers, que haviam sido campeões nas três temporadas anteriores.

A primeira partida da melhor-de-sete que definiria o novo campeão da NBA começou em Syracuse, e o time da casa venceu as duas primeiras batalhas em seu território: 86-82 e 87-84. A série mudou de ares e foi para Fort Wayne, onde mudou também a liderança da série nas três partidas seguintes. Os Pistons venceram o terceiro jogo por 96-89 com 22 pontos de Mel Hutchins, apesar dos 21 pontos marcados por Dolph Schayes para os Nationals. O quarto jogo também teve vitória dos Pistons, jogando em Indianapolis, agora por 109-102, vitória que se repetiu na quinta partida: 74-71 para Fort Wayne, em jogo também disputado em Indianapolis.

Foto do Time Campeão (1954-55)
A série voltou para Syracuse com Fort Wayne na frente por 3-2. Num jogo de várias alternativas, Syracuse conseguiu empatar a série em 3-3, vencendo por apenas cinco pontos: 109-104, com 31 pontos de George Yardley. Mais tensão ainda estaria por vir no último e decisivo jogo em Syracuse. No intervalo Fort Wayne vencia por 53-47 e, no restante da partida, as equipes foram parelhas. A 1min20 do fim Syracuse vencia por um ponto (91-90), mas Yardley empatou o jogo convertendo um lance livre. Faltando doze segundos, George King sofreu falta e converteu apenas um dos lances livres para Syracuse, que liderava por 92-91. No último ataque os Pistons armavam a jogada para Andy Phillip, mas George King apareceu e roubou a bola, dando o título da NBA para a equipe dos Nationals: 4-3 na série final.

Referências: NBA.com, Wikipedia e Sports E-cyclopedia

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Engenharia Popular em Geral - Parte IV

Segue a quarta postagem da incrível sequência “Engenharia Popular em Geral”.

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sábado, 10 de setembro de 2011

Glória da Manhã

As fotos abaixo ilustram as misteriosas nuvens conhecidas como “Glória da Manhã”. Trata-se de um fenômeno que ocorre a cada primavera em Burketown, Queensland, na região do Golfo de Carpentaria, norte da Austrália. A nuvens podem chegar a medir 1 km de extensão e de 1 a 2 km de altura, movendo-se a uma velocidade de até 60 km/h. Elas se formam quando fluxos de umidade e ar em resfriamento encontram uma camada de inversão, uma camada atmosférica em que a temperatura do ar aumenta com a altitude.

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Referências: Pravda e Hype Science

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

O Jeito - mais uma de engenheiros

Dilbert - O Jeito


domingo, 4 de setembro de 2011

Engenharia Popular em Geral - Parte III

Segue a terceira postagem da incrível sequência “Engenharia Popular em Geral”.

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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

A Lei das Doze Tábuas

A Lei das Doze Tábuas constituía uma antiga legislação que está na origem do direito romano. Ela formava o cerne da constituição da República Romana e do “mos maiorum” (antigas leis não escritas e regras de conduta).

Segundo relatos históricos semilendários preservados por Lívio, no início da República Romana as leis eram guardadas em segredo pelos pontífices e por outros representantes da classe dos patrícios, sendo executadas com especial severidade contra os plebeus. Um plebeu chamado Terentílio propôs, em 462 a.C., a compilação e publicação de um código legal oficial, de modo que os plebeus pudessem conhecer a lei e não ser pegos de surpresa pela sua execução.

Os patrícios opuseram-se à proposta por vários anos mas, em 451 a.C., um decenvirato (grupo de dez homens) foi designado para preparar o projeto do código. Supõe-se que os romanos enviaram uma embaixada para estudar o sistema legal dos gregos, em especial as leis de Sólon, possivelmente nas colônias gregas do sul da Península Itálica. Os dez primeiros códigos foram preparados em 451 a.C. e, no ano seguinte, o segundo decenvirato concluiu os dois últimos. As Doze Tábuas foram então promulgadas, tendo sido literalmente inscritas em doze tabletes de madeira que foram afixados no Fórum romano, de maneira a que todos pudessem lê-las e conhecê-las.

Roma
As Doze Tábuas não são uma compilação abrangente e sistemática de todo o direito da época e, portanto, não formam códigos na acepção moderna do termo. São, na verdade, uma série de definições de diversos procedimentos e direitos privados, considerando de conhecimento geral algumas instituições, como a família, e vários rituais para negócios formais.

O texto original das Doze Tábuas perdeu-se quando os gauleses incendiaram Roma em 390 a.C. Nenhum outro texto oficial sobreviveu, mas apenas versões não-oficiais. O que existe hoje são fragmentos e citações por outros autores, que demonstram haverem sido as Doze Tábuas redigidas em latim. Assim como outras leis primitivas, as Doze Tábuas combinam penas rigorosas com procedimentos também severos. Os fragmentos que sobrevivem não costumam indicar a que tábua pertenciam, embora os estudiosos procurem agrupá-los por meio da comparação com outros fragmentos que indicam a sua respectiva tábua. Não há como ter certeza de que as tábuas originais eram organizadas por assunto.

Conquanto seus originais tenham se perdido, os historiadores reconstituíram parte do conteúdo nelas existentes, através de citações em autores dos mais diversos. Com base nestes estudos, um esboço do conteúdo das tábuas pôde ser feito, conforme a lista abaixo:

• Tábuas I e II: Organização e procedimento judicial;
• Tábua III - Normas contra os inadimplentes;
• Tábua IV - Pátrio poder;
• Tábua V - Sucessões e tutela;
• Tábua VI - Propriedade;
• Tábua VII - Servidões;
• Tábua VIII - Dos delitos;
• Tábua IX - Direito público;
• Tábua X - Direito sagrado;
• Tábuas XI e XII - Complementares.

Referência: Wikipedia