Início do fim das Sete Quedas
A partir desta data, exatamente 28 anos atrás, podia-se dar adeus às Sete Quedas definitivamente. Começou a se formar no dia 16 de outubro de 1979, no Rio Paraná, o reservatório da Usina Hidrelétrica de Itaipu.
A usina foi resultado de intensas negociações entre Brasil e Paraguai durante a década de 1960. Em 22 de junho de 1966, os ministros das Relações Exteriores do Brasil, Juracy Magalhães, e do Paraguai, Sapena Pastor, assinaram a “Ata do Iguaçu”, uma declaração conjunta que manifestava a disposição para estudar o aproveitamento dos recursos hídricos pertencentes em conjunto aos dois países no trecho do Rio Paraná “desde e inclusive o Salto de Sete Quedas até a foz do Rio Iguaçu”. Em 1970 um consórcio venceu a licitação para a realização dos estudos de viabilidade e para a elaboração dos projetos e o trabalho teve início no ano seguinte. Em 26 de abril de 1973, Brasil e Paraguai assinaram o Tratado de Itaipu, instrumento legal para o aproveitamento hidrelétrico do Rio Paraná pelos dois países e, em 1974, foi criada a entidade binacional Itaipu para gerenciar a construção da usina. O início efetivo das obras ocorreu em janeiro do ano seguinte.
Então, a partir desta fatídica data para os ambientalistas, começou a se formar o reservatório. Foram concluídas as obras da barragem e as comportas do canal de desvio foram fechadas. Nesse período, as águas subiram 100 metros e chegaram às comportas do vertedouro às 10 horas do dia 27 de outubro, devido às chuvas fortes e enchentes que ocorreram na época. Alguns dias depois, em 10 de novembro, iniciou-se a submersão das Sete Quedas. Hoje a primeira ponte que existia para a visitação dos turistas situa-se 16 metros abaixo do nível d´água do grande lago de Itaipu.
Eu mesmo já estive na cidade de Guaíra, a cidade do lado brasileiro, no estado do Paraná, de onde se podia visitar as cachoeiras que, segundo dizem muitos daqueles que as puderam ver, eram mais bonitas do que as Cataratas do Iguaçu. Quando se atravessa de balsa para o lado paraguaio, para a cidade de Salto del Guairá, ainda se pode ver, como que saindo do nada, troncos e galhos de árvores mortas emergindo através das águas barrentas do rio. Tenho grandes dúvidas sobre, se nos dias de hoje, com a preocupação maior em relação ao meio ambiente, esse projeto seria aprovado.
Adaptado de: Wikipedia
4 Comentário(s)::
Um retrato real de quando a natureza sucumbe ao progresso. Quantas maravilhas naturais desapareceram em nome do progresso? E quantas mais irão desaparecer? Mesmo hoje, com toda pressão das entidades ambientalistas, vemos ainda patrimônios da natureza sendo alvo de importantes ações exploratórias.
As hidrelétricas são essenciais, porém, não devemos esquecer os impactos ambientais que elas causam.
é uma pena um lugar tri massa desses
quase não exista mais ;/
É verdade...do que mais teremos que abrir mão para que haja 'progresso'...belezas naturais tão lindas como essa por uma usina...a mega Itaipu{...}E está acontecendo o mesmo inde moro, aqui no Rio mdeira, a magnífica Cachoeira de Santo Antônio, pela usina de Santo Antônio...é triste mas é real...
É verdade...do que mais teremos que abrir mão para que haja 'progresso'...belezas naturais tão lindas como essa por uma usina...a mega Itaipu{...}E está acontecendo o mesmo inde moro, aqui no Rio mdeira, a magnífica Cachoeira de Santo Antônio, pela usina de Santo Antônio...é triste mas é real...
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