domingo, 20 de novembro de 2011

Revolução Mexicana


Porfírio Diaz
A Revolução Mexicana foi um conflito armado que teve início em 20 de novembro de 1910, há exatamente 101 anos, e foi o acontecimento político e social mais importante do século XX no México. Os antecedentes do conflito remontam à situação do país durante o chamado “Porfiriato”. Desde 1876 o general Porfírio Díaz se manteve no poder no país de maneira ditatorial. A situação prolongou-se por 34 anos, durante os quais o México experimentou um notável crescimento econômico e estabilidade política. Mas tudo isso teve altos custos econômicos e sociais, pagos pelas camadas menos favorecidos da sociedade e pela oposição política ao regime. Durante o primeiro decênio do século XX eclodiram várias crises em diversas esferas no país, refletindo o crescente descontentamento de alguns setores.

Quando Díaz assegurou que se retiraria no final do seu mandato sem tentar a reeleição, a situação política começou a agitar-se. Nesse contexto, Francisco Madero realizou várias viagens pelo país com o intuito de formar um partido político que elegesse os seus candidatos numa assembleia nacional e competisse nas eleições. Díaz lançou uma nova candidatura à presidência e Madero foi detido em San Luis de Potosí por sedição. Durante sua permanência na cadeia realizaram-se as eleições que deram o triunfo a Díaz.

 
Zapata
Madero conseguiu escapar da prisão e fugiu para os Estados Unidos. De lá ele proclamou o Plano de San Luis, que pretendia tomar armas contra o governo de Díaz em 20 de novembro de 1910. O conflito armado se iniciou no norte do país, estendendo-se posteriormente a outras partes do território. Quando os sublevados ocuparam Ciudad Juárez, Porfírio Díaz renunciou e exilou-se na França. Em 1911 foram realizadas novas eleições, das quais resultou o triunfo de Madero. Desde o início de seu mandato, ele não se entendeu com outros líderes revolucionários, o que provocou a revolta de Emiliano Zapata e Pascual Orozco contra o governo maderista.

Em 1913 um movimento contrarrevolucionário, liderado por Félix Díaz, Bernardo Reyes e Victoriano Huerta, deu um golpe de estado. O acontecimento, conhecido como “Decena Trágica”, terminou com o assassinato de Madero, de seu irmão Gustavo e do vice-presidente Pino Suárez. Huerta assumiu a presidência, o que ocasionou a reação de vários chefes revolucionários, como Venustiano Carranza e Francisco Villa. Após pouco mais de um ano de luta, e depois da ocupação norte-americana de Veracruz, Huerta renunciou à presidência e fugiu do país.

Depois disso aprofundaram-se as diferenças entre as facções que haviam lutado contra Huerta, o que desencadeou novos conflitos. Carranza, chefe da Revolução, convocou todas as forças à Convenção de Aguascalientes para nomearem um líder único. Nessa reunião Eulalio Gutiérrez foi designado presidente do país, mas as hostilidades reiniciaram-se quando Carranza rejeitou o acordo. Depois de derrotarem a Convenção, os constitucionalistas puderam iniciar os trabalhos de redação de uma nova constituição e conduzir Carranza à presidência em 1917. No entanto, durante o reajustamento das forças, foram assassinados os principais chefes revolucionários: Zapata em 1919, Carranza em 1920, Villa em 1923 e Obregón em 1928. Atualmente não existe um consenso sobre quando terminou o processo revolucionário. Algumas fontes indicam o ano de 1917, com a proclamação da Constituição do México, outras 1920, com a presidência de Adolfo de la Huerta, ou 1924, com a de Plutarco Elías Calles.

Referência: Wikipedia

1 Comentário(s)::

Che Guevara disse...

Viva Zapata!