História do Oceano Índico
O oceano Índico (antigo mar das Índias) está situado entre a África, a Ásia, a Austrália e a Antártida e possui uma área de 74.000.000 km². As primeiras civilizações do mundo, na Mesopotâmia, começando com a Suméria, o Antigo Egito e o subcontinente indiano se desenvolveram todas em torno do oceano Índico. Outras civilizações logo surgiram na Pérsia e posteriormente no sudeste da Ásia. Durante a primeira dinastia egípcia, navegadores exploraram as suas águas, empreendendo jornadas até Punt, que se presume fosse localizado na atual Somália. Os navios retornavam com mercadorias valiosas, como ouro e mirra. A primeira ligação comercial marítima entre a Mesopotâmia e o vale do Indo, em aproximadamente 2500 a.C., ocorreu pelo oceano Índico. Os fenícios do final do terceiro milênio a.C. provavelmente estiveram nas terras banhadas pelo oceano, embora não tenham se assentado nelas.
O oceano Índico é muito mais calmo, e, portanto, mais adequado para o comércio do que os oceanos Atlântico e Pacífico. As fortíssimas monções faziam com que os navios pudessem velejar facilmente para o oeste na estação favorável, e, após alguns meses, fazer o caminho de volta. Isto permitiu, por exemplo, que os povos indonésios cruzassem o oceano Índico para se estabelecer em Madagascar.
No segundo ou primeiro século a.C., Eudóxio de Cízico foi o primeiro grego a cruzar o oceano Índico. O navegador Hipalo também teria descoberto a rota direta da Arábia para a Índia nesta época. Durante o primeiro e segundo séculos d.C. intensas relações comerciais se desenvolveram entre o Egito romano e os reinos tâmeis no sul da Índia. Assim como os povos indonésios, os navegadores ocidentais utilizavam-se das monções para atravessar o oceano. De 1405 a 1433, o almirante chinês Zheng He liderou frotas da dinastia Ming em inúmeras incursões, chegando até os países da costa leste da África.
Em 1497, Vasco da Gama dobrou o Cabo da Boa Esperança, tornando-se o primeiro europeu a navegar até a Índia nos tempos modernos. Os navios europeus, armados com canhões pesados, rapidamente dominaram o comércio da região. Num primeiro momento Portugal atingiu a preeminência na região ao construir fortes nos estreitos e portos mais importantes. Porém a nação não conseguiu bancar um projeto tão vasto e perdeu seu posto na metade do séc. XVII para outras potências europeias. A Companhia Holandesa das Índias Orientais (1602-1798) procurou controlar o comércio com o Oriente através do oceano Índico e a França e a Inglaterra estabeleceram companhias comerciais na região. A Grã-Bretanha tornar-se-ia a principal potência e em 1815 já havia dominado completamente a área.
A abertura do canal de Suez em 1869 reavivou os interesses europeus no Oriente, porém nenhuma nação conseguiu estabelecer com sucesso algum domínio no comércio da região. Depois da Segunda Guerra Mundial os ingleses se retiraram e foram substituídos parcialmente pela Índia, União Soviética e Estados Unidos. Estes dois últimos tentaram estabelecer uma hegemonia, através da obtenção de bases navais.
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Referência: Wikipedia
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