quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

História do Oceano Atlântico

O Atlântico é o segundo maior oceano do planeta em extensão, com área de aproximadamente 106.200.000 km², cerca de um 20% da superfície terrestre. Seu nome deriva-se de Atlas, deus da mitologia grega que, por tentar alcançar o poder supremo, recebeu a pena de sustentar o céu em seus ombros. Antes de os europeus descobrirem outros oceanos, o termo “oceano” foi sinônimo de todas as águas que circundam a Europa Ocidental. Os gregos acreditavam que o Atlântico era grande rio que circundava toda a Terra.

Os antigos, que o chamavam de Mar Tenebroso ou Mar Oceano, conheciam apenas as costas situadas entre o norte das ilhas britânicas e as ilhas Canárias. Até o final da Idade Média, só se faziam navegações costeiras, indo até ao Cabo do Bojador (atingido pelo navegador português Gil Eanes em 1434). No século XV os portugueses intensificaram a exploração da costa africana e, ao mesmo tempo, desenvolveram técnicas de navegação que permitiram viagens por alto mar.

Oceano Atlântico
A navegação por latitudes, determinadas pela observação da altura da estrela Polar ou do Sol ao meio-dia, desenvolvida no final do séc. XV, foi facilitada pelo uso de instrumentos como a bússola e o astrolábio. Outro fator decisivo foi o estudo do regime dos ventos no Atlântico: em 1439, as informações existentes já permitiam uma navegação assídua e segura. Essas técnicas, aliadas aos novos navios construídos pelos portugueses, de maior porte, maior calado e sistema de velas que permitia o aproveitamento dos ventos mesmo em sentido contrário, permitiriam o reconhecimento da costa da África e as primeiras incursões em alto mar.

Com o desenvolvimento técnico obtido, as viagens portuguesas tornaram-se mais ousadas e frequentes através do Atlântico, de tal forma que até 1488 toda a costa oeste da África estava explorada, reconhecida e, nos primeiros 20 anos do século XVI, toda a costa atlântica do continente americano fora visitada por navegadores portugueses, espanhóis ou italianos a serviço da Espanha. Os reis de Portugal procuraram, desde o início, garantir as descobertas de seus navegadores e, desde 1443, várias leis reivindicavam o direito de navegação exclusiva nos mares reconhecidos por suas naus.

Em 1454, o Papa Nicolau V ratificou a pretensão dos portugueses, reservando-lhes o direito exclusivo de navegação e comércio. Em 1474, D. Afonso V mandou que aqueles que violassem estas determinações fossem mortos e seu bens confiscados. O Tratado de Toledo, entre Espanha e Portugal, ratificou esses direitos. Até 1580, houve pouca contestação internacional a essas pretensões, exceto pequenos conflitos diplomáticos causados pela ação de corsários protegidos pelos reis da França e Grã-Bretanha. Após 1580, todavia, a contestação cresceu, envolvendo também os holandeses, em guerra com a Espanha pela sua independência. Eles estenderam as ações bélicas contra Portugal, após a união das duas Coroas, e passaram à liberdade dos mares; na trégua assinada com Felipe III da Espanha, obtiveram o direito de navegar por estes mares, embora sob licença régia. Esse tratado marcou o início do fim do domínio exclusivo dos portugueses pelos mares que haviam descoberto e, após 1640, o princípio da liberdade dos mares estava solidamente estabelecido.

A partir do século XVII, começou a exploração hidrográfica do Atlântico, efetuada de início pelos holandeses, depois pelos ingleses e franceses no século XVIII. No século XIX, foram organizados numerosos cruzeiros oceanográficos que permitiram a elaboração de uma detalhada carta batimétrica do Oceano Atlântico.

Referência: Wikipedia

1 Comentário(s)::

Bao Ritcho de Abreu disse...

interessante hein ow 0_0