Reunificação da Alemanha
Há exatamente 20 anos, em 31 de agosto de 1990, era assinado o Tratado de Unificação da Alemanha, por meio do qual a Alemanha Ocidental e a Alemanha Oriental passariam a formar, novamente, um único país, a República Federal da Alemanha. A reunificação alemã somente ocorreria em 3 de outubro daquele mesmo ano, quando o território da antiga República Democrática Alemã (RDA ou Alemanha Oriental) foi incorporado à República Federal da Alemanha (RFA ou Alemanha Ocidental).
Após as primeiras eleições livres na Alemanha Oriental, em 18 de março de 1990, as negociações entre os dois países culminaram no referido Tratado de Unificação (Einigungsvertrag), celebrado em 31 de agosto de 1990, enquanto os entendimentos entre a Alemanha Ocidental, a Alemanha Oriental e as quatro potências de ocupação (Estados Unidos, França, Reino Unido e União Soviética) resultaram no chamado “Tratado Dois Mais Quatro”, celebrado em 12 de setembro de 1990, que outorgava independência plena ao Estado Alemão reunificado.
A Alemanha reunificada continuaria a integrar a Comunidade Européia (posteriormente, União Européia) e a OTAN. O termo “reunificação” é utilizado para designar este processo, que é distinto da unificação da Alemanha, ocorrida em 1871. A reintegração dos dois países teve um alto custo econômico, que gerou inflação e recessão. Um dos problemas sociais provocados pela reunificação foi a necessidade de estender a toda a população o nível de vida e poder de compra alcançado pelos habitantes do lado ocidental.
A União Democrata Cristã, de Helmut Kohl, venceu com folga as primeiras eleições na nova Alemanha, em dezembro de 1990, mas o governo enfrentou graves problemas, como o aumento da dívida pública, o alto índice de desemprego e a atuação de grupos neonazistas e de extrema direita, cujos ataques visavam sobretudo o grande contingente de imigrantes do país.
Desgastado pelos dezesseis anos consecutivos como chanceler (primeiro-ministro), Kohl foi derrotado nas eleições de 1998 pelo Partido Social Democrata (SPD), sob a liderança de Gerhard Schröder, que formou um governo com o Partido Verde Alemão. O desemprego continuou a ser um desafio para o governo, mas Schröder firmou sua reputação política ao fazer a Alemanha participar, depois de muitos anos, de importantes decisões internacionais, como a intervenção na Macedônia e a guerra contra o terrorismo promovida pelos Estados Unidos. Em 2000, completou-se a mudança da sede de governo de Bonn para Berlim e, em 2002, a social-democracia de Schröder voltou a triunfar nas eleições.
Referência: Wikipedia