História dos Bairros do Rio de Janeiro - Bangu
A região de Bangu teve como primeiro proprietário o português Manoel de Barcelos Domingos, que fundou, em 1673, a fazenda Bangu, onde ergueu uma capela e o Engenho da Serra, onde eram fabricados açúcar, cachaça e rapadura, transportados em carros de bois até o Porto de Guaratiba.
A estrada de ferro chegou em 1878, com a inauguração do ramal de Santa Cruz da E. F. Dom Pedro II e a abertura da Estação de Bangu, em 1890. Em 1893, foi construída a Fábrica Bangu, com vilas residenciais para seus técnicos e operários. O apito da chaminé possuía 57m de altura e houve uma festa agraciada com a presença do vice-presidente da República, Marechal Floriano Peixoto. Em 1923, acionista da Companhia Progresso Industrial, Guilherme da Silveira, chegou a Bangu e logo assumiu a presidência da Fábrica, retomando o crescimento, abrindo novas ruas e ajudando na construção do trecho da Estrada Rio-São Paulo com material e operários. A rodovia foi decisiva para a urbanização definitiva de Bangu, ampliando os limites do bairro. Na era Getúlio Vargas, Guilherme da Silveira estreitou os laços com o governo e, em 1933, foi inaugurada a iluminação pública de Bangu.
Na década de 1960, a política de erradicação de favelas e de remoção da sua população para a periferia do município levou à construção dos conjuntos habitacionais Vila Aliança, Vila Kennedy, Jardim Bangu e Dom Jaime de Barros Câmara. Posteriormente, novos conjuntos foram construídos no bairro como o Sargento Miguel Filho e Dr. Antônio Gonçalves, dentre muitos outros. No final da década de 1980 a Fábrica Bangu começou a entrar em decadência até encerrar suas atividades em 2005. No seu terreno original foi construído um shopping, inaugurado em 2007.
A origem do nome do bairro é creditada possivelmente a uma corruptela de “u bang ú”, que significa “o anteparo escuro” ou “barreira negra”, na linguagem indígena, ou ainda “bang ú”, que significa “cercado por morros”. O termo ficou consagrado ainda, como denominação de uma espécie de padiola feita de tiras de couro ou fibras trançadas, usadas geralmente por dois homens para conduzir feixes de cana-de-açúcar cortada e outros materiais, numa forma improvisada de transporte que deu origem à expressão “fazer à Bangu”, cujo significado é fazer sem cuidado, de improviso.
O bairro é ainda sede de dois clubes de futebol: Ceres e Bangu. Este último, duas vezes campeão estadual (1933 e 1936), uma vez vice-campeão brasileiro (1985) e detentor do Estádio Guilherme da Silveira, conhecido como “Moça Bonita”.
Bairro anterior: Bancários
Referências: Portal Geo e Cantos do Rio-Bangu – Roberto Assaf – RioArte
3 Comentário(s)::
Bangu A. C. hein ow --'
néééé, bairro do grande Bangu AC 0_0
Muito legal! Conheci o bairro em 2007 e visitei o shopping, ficou muito legal transformar a antiga fábrica desativada no shopping.
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