A Marcha do Sal
No dia 12 de março de 1930, há exatamente 81 anos, Mahatma Gandhi e vários discípulos iniciaram uma marcha em protesto ao domínio britânico na Índia que ficaria conhecida como a “Marcha do Sal”.
A caminhada, de quase 400 quilômetros, durou 25 dias em direção ao litoral do país, terminando no dia 6 de abril. Gandhi e seus seguidores paravam de cidade em cidade para descansar, conseguindo, assim, mais simpatizantes para a sua causa. O protesto, também conhecido como Satyagraha, foi incitado pelo fato de que, naquela época, os indianos eram obrigados a comprar produtos industrializados do Reino Unido, sendo proibidos, inclusive, de extrair sal em seu próprio território. O objetivo, então, era acabar com o monopólio do imposto pelos britânicos sobre o sal, símbolo do colonialismo para os indianos.
No último dia, depois do banho, ritual sagrado para os hindus, Gandhi apanhou um punhado de sal à beira-mar e seu gesto foi repetido simbolicamente pelos milhares de indianos ali presentes. Em resposta a esses atos, os britânicos prenderam mais de 50 mil indianos, entre eles o próprio Mahatma Gandhi. Mesmo com a sua prisão, a marcha continuou, em direção às salinas ao norte de Bombaim. Eles aproximaram-se em silêncio dos depósitos de sal, guardados por 400 policiais, que investiram contra eles com cassetetes. Os protestantes foram tombando, feridos, sem esboçar gestos de defesa. Cada coluna que avançava era igualmente abatida. Gandhi e seus seguidores evitavam a violência, utilizando-se da desobediência civil para chamar a atenção do mundo para as injustiças que eram cometidos em seu país.
Referências: Diário Universal, Deutsche Welle e Wikipedia
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