História dos Bairros do Rio de Janeiro - Bonsucesso
Dando sequência ao histórico dos bairros do Rio de Janeiro, falarei hoje sobre Bonsucesso.
O local onde hoje se situa o bairro de Bonsucesso, durante a época colonial, estava compreendido no chamado Engenho da Pedra, cujas terras se estendiam até ao porto de Inhaúma, por onde era escoada a produção agrícola e de açúcar do recôncavo do Rio de Janeiro. Em 1754, a dona das terras do engenho, D. Cecília Vieira de Bonsucesso, procedeu à reforma da capela de Santo Antônio, que se erguia perto das instalações da moenda de cana-de-açúcar. A propriedade ficou conhecida, à época, como Engenho da Pedra de Bonsucesso.
Em 1896, foi erguida uma capela em louvor a Nossa Senhora do Bonsucesso, num terreno no alto da rua Olga, doado por Adriano da Costa. A imagem da santa foi desembarcada no porto e trazida em procissão solene, pelos fiéis, até ao novo santuário. Por volta de 1914, o engenheiro Guilherme Maxwell, que adquirira as terras do antigo Engenho da Pedra, decidiu loteá-las e urbanizá-las. Sob influência da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), que nesse ínterim eclodira, decidiu batizar os logradouros que se abriam, com nomes que homenageassem os países aliados contra a Alemanha: a França, a Inglaterra, a Bélgica, a Itália e os Estados Unidos da América. Surgiram assim, respectivamente, a Praça das Nações e as avenidas Paris, Londres, Bruxelas, Roma e Nova Iorque.
Posteriormente, um membro da família Frontin expandiu o bairro, loteando a área além da linha férrea da Leopoldina. Ainda sob influência da Primeira Guerra, abriu as ruas Clemenceau, Marechal Foch e General Galieni. Saint-Hilaire e Humboldt, cientistas que exploraram o interior do Brasil no século XIX, também foram homenageados. O bairro hoje integra a chamada “Zona da Leopoldina”, predominantemente de classe média. Este centro urbano encontra-se próximo a comunidades de baixa renda, como a favela da Maré, um conjunto de dezesseis comunidades que se espalham por cerca de 800 mil m², que começa nos morros próximos à Av. Brasil e vai até a margem da Baía de Guanabara, sendo cortado pela Linha Vermelha e pela Linha Amarela.
Um dos principais pontos do bairro é a já mencionada Praça das Nações. Ela foi inaugurada em outubro de 1918 e tem como marcos mais expressivos o chafariz e o Monumento aos Expedicionários da Segunda Guerra Mundial.
Bairro anterior: Bento Ribeiro
Referências: Portal Geo e Wikipedia
1 Comentário(s)::
grande Teixeira de Castro hein ow...
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