Diógenes
“Que não me tires o que não me podes dar”, respondeu Diógenes a Alexandre, o Grande, referindo-se ao sol, quando o imperador, diante do barril em que o filósofo morava, perguntou-lhe o que desejava. Uma resposta que tanto impressionou Alexandre que, na volta, ouvindo seus oficiais zombarem de Diógenes, teria dito: “Se eu não fosse Alexandre, queria ser Diógenes.”
Essa história define a personalidade de Diógenes, filósofo grego nascido em Sinope no século IV a.C. Conta-se também que sentia tal desprezo pela humanidade que caminhava pelas ruas de Atenas, com uma lâmpada, dizendo “Procuro o homem”. Ele levou ao extremo os preceitos cínicos (relativo à corrente filosófica do Cinismo, que pregava, essencialmente, o desapego aos bens materiais e externos) de seu mestre Antístenes. Foi o exemplo vivo que perpetuou a indiferença cínica perante o mundo. Desprezava a opinião pública e, segundo se sabe, vivia em um barril. Seus únicos bens eram um alforje, um bastão e uma tigela, que simbolizavam o desapego e a auto-suficiência perante o mundo, sendo ele conhecido como o filósofo que “vivia como um cão.”
Diógenes morou quase toda a vida em Atenas, para onde foi ao ser acusado em sua cidade de fabricar moeda falsa. Estudou com Antístenes, o fundador da escola dos cínicos, que por sua vez fora discípulo de Sócrates. Diógenes defendia a auto-suficiência (autarquia) e negava a necessidade de valores como a família, a cultura e o estado. Dizia que a felicidade se obtém pela satisfação das necessidades da maneira mais econômica e simples. Afirmava que tudo que é natural não é desonroso nem indecente e, portanto, pode e deve ser feito em público. A vida de Diógenes, segundo a tradição, de extrema pobreza, era, na verdade, a aplicação prática de suas idéias e uma forma de demonstrar a possibilidade de acabar com as convenções sociais, e alcançar assim a autarquia.
Diógenes morreu, ao que parece, em Corinto, por volta do ano 320 a.C. Do que escreveu, nada restou. Completo esta breve postagem dizendo ao meu querido Diógenes que o homem que procura provavelmente ele nunca encontrará.
Referências: Enciclopédia de Filosofia e Wikipedia
2 Comentário(s)::
Diógenes era gênio
Pois é, o cara era um grande gênio!
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