quinta-feira, 19 de julho de 2012

Botafogo no Campeonato Brasileiro de 1971

Postagem simultânea com o Blog do Botafogo/Blog dos Colunistas do Canal #Sports - LINK.

Em 1971 foi disputada a primeira edição do Campeonato Brasileiro nos moldes, digamos, atuais. Sem levar em consideração a quase infindável liste de diferentes regulamentos e quantidades de equipes que disputavam o campeonato a cada ano, foi naquele que se deu a largada da principal competição do Brasil.

BotafogoO Botafogo ainda possuía uma forte equipe, com alguns jogadores que haviam conquistado a Taça Brasil em 1968, até então o principal torneio do país e que classificava campeão e vice para a Taça Libertadores da América. No elenco comandado pelo técnico Paraguaio estavam Wendell, Mura, Djalma Dias, Queirós, Valtencir, Carlos Roberto, Marcos Aurélio, Careca, Zequinha, Jairzinho, entre outros. O campeonato reunia 20 clubes, mas o regulamente nada tinha a ver com os pontos corridos dos dias de hoje.

Jairzinho
Os clubes estavam divididos em dois grupos, dos quais, após dezenove rodadas, classificaram-se seis de cada para a fase seguinte. Os doze clubes classificados foram reagrupados três grupos de quatro equipes e o primeiro colocado de cada, após jogos em turno e returno, passava para o triangular final. Chegaram à fase final Botafogo, Atlético-MG e São Paulo. Infelizmente o Botafogo foi derrotado pelo São Paulo por 4x1 no Morumbi, restando pouco a fazer na partida do Maracanã diante do Atlético-MG, quando precisaria golear para sair com o título. Dario marcou o único gol do jogo e deu o título à equipe mineira, deixando o glorioso na terceira posição.

Veja abaixo toda a campanha do Botafogo na primeira edição do Campeonato Brasileiro de futebol, em 1971, quando conquistou oito vitórias, empatou doze vezes e perdeu sete, marcando e sofrendo 27 gols:

1ª Fase
07/08, Botafogo 0x0 América-RJ
14/08, Botafogo 1x1 Flamengo
18/08, Santos 0x0 Botafogo
22/08, Grêmio 1x1 Botafogo
25/08, Botafogo 2x1 América-MG
02/09, Sport 0x1 Botafogo
05/09, Bahia 0x1 Botafogo
09/09, Botafogo 2x1 São Paulo
12/09, Atlético-MG 2x2 Botafogo
19/09, Santa Cruz 0x0 Botafogo
26/09, Fluminense 0x0 Botafogo
03/10, Palmeiras 3x1 Botafogo
09/10, Botafogo 1x0 Corinthians
17/10, Ceará 1x0 Botafogo
23/10, Botafogo 0x0 Internacional
27/10, Portuguesa 3x1 Botafogo
31/10, Vasco 1x0 Botafogo
07/11, Coritiba 0x0 Botafogo
14/11, Botafogo 2x2 Cruzeiro

2ª Fase
21/11, Grêmio 1x1 Botafogo
24/11, Botafogo 3x3 Palmeiras
28/11, Coritiba 1x0 Botafogo
02/12, Palmeiras 0x1 Botafogo
05/12, Botafogo 3x1 Grêmio
09/12, Botafogo 3x0 Coritiba

Triangular Final
15/12, São Paulo 4x1 Botafogo
19/12, Botafogo 0x1 Atlético-MG

Referência: RSSSF Brasil

segunda-feira, 16 de julho de 2012

To Love Somebody

Um sucesso dos Bee Gees, ainda no início da carreira: To Love Somebody (1967). O vídeo é de 1971.



TO LOVE SOMEBODY

There's a light
A certain kind of light
That never shone on me
I want my life to be
Lived with you, lived with you

There's a way
Everybody say
To do each an every little thing
But what does it bring
If I ain't got you, ain't got you

REFRÃO:
You don't know what it's like, baby
You don't know what it's like
To love somebody
To love somebody
The way I love you

In my brain
I see your face again
I know my frame of mind
You ain't got to be so blind
I'm blind, so so so blind

I'm a man
Can't you see what I am
I live and breathe for you
But what good does it do
If I ain't got you, ain't got you

REFRÃO

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Estradas I

Seguem algumas fotos impressionantes de estradas e suas paisagens...

(Clique para ampliar)






Referência: Landscapes 2.0

terça-feira, 10 de julho de 2012

História dos Bairros do Rio de Janeiro - Engenho Novo

Dando prosseguimento ao histórico dos bairros do Rio de Janeiro, falarei hoje sobre o Engenho Novo.

O bairro tem sua origem no Engenho Novo dos Jesuítas, construído no início do século XVIII, que abrangia terras que iam da Serra dos Pretos Forros até a praia Pequena, no atual bairro de Benfica, e se confrontavam com o atual Engenho de Dentro, na zona norte da cidade.

Os jesuítas possuíam vastas lavouras e canaviais até a sua expulsão do Brasil, por ordem do Marquês de Pombal. Então, o Engenho Novo foi posto em leilão e passou a ser propriedade do Capitão de Milícias José Paulo da Mata Duque Estrada, que mudou seu nome para “Quinta dos Duques” e o ampliou com uma nova Sesmaria que se estendia até o atual bairro de Manguinhos. Para escoar a produção da Quinta, era usado o rio Faria. Antes de serem expulsos, os jesuítas construíram uma capela destinada a São Miguel e a N. S. da Conceição foi, em 1720, no local onde hoje fica a praça da Imaculada Conceição e seu santuário. A chamada Freguesia de Nossa Senhora da Conceição do Engenho Novo foi criada, então, em 1783, impulsionando o desenvolvimento da região. Até ao Segundo Império multiplicaram-se as chácaras e sítios e o comércio foi se desenvolvendo no entorno dos antigos engenhos.

Engenho Novo

Um dos mais ilustres moradores do bairro era o Ministro Conselheiro Couto Ferraz, o Barão de Bom Retiro. Seu nome tem origem na sua bela chácara do Bom Retiro, que fazia limite com a do fazendeiro Antonio Pereira de Sousa Barros, o Barão do Engenho Novo. Em sua homenagem, a Estrada do Cabuçu foi rebatizada de rua Barão do Bom Retiro, umas das principais do bairro hoje em dia. Outros moradores famosos foram o Conselheiro Viena de Magalhães e sua esposa, a Condessa de Belmonte, mãe adotiva de Dom Pedro II, que deram nomes a ruas do bairro.

Com a abertura, em 1858, da Estrada de Ferro Dom Pedro II, depois Central do Brasil, foi inaugurada a estação do Engenho Novo, que foi muito importante para a ocupação do bairro. A partir daí, as antigas chácaras e sítios foram loteados e ruas foram abertas nos terrenos pantanosos, cortados pelo rio Jacaré, que foram saneadas.

Bairro anterior: Engenho de Dentro

Referência: Wikipedia

sábado, 7 de julho de 2012

Jean-Jacques Rousseau - Continuação 3

Finalizando esta espécie de “homenagem” aos 300 anos de nascimento do gênio Jean-Jacques Rousseau, seguem outras passagens de suas obras que considero importantes e que já foram postadas aqui neste blog. Novamente as citações vêm da obra “Discurso Sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade Entre os Homens”.

A respeito do início da sociedade civil, Rousseau diz:

“O primeiro que, tendo cercado um terreno, atreveu-se a dizer: ‘Isto é meu’, e encontrou pessoas simples o suficiente para acreditar nele, foi o verdadeiro fundador da sociedade civil. Quantos crimes, guerras, assassínios, quantas misérias e horrores não teria poupado ao gênero humano aquele que, arrancando as estacas ou enchendo o fosso, houvesse gritado aos seus semelhantes: ‘Evitai ouvir este impostor. Estareis perdidos se esquecerdes que os frutos são de todos e que a terra não é de ninguém!’. Porém, ao que tudo indica, então as coisas já haviam chegado ao ponto de não mais poder permanecer como eram, pois essa ideia de propriedade, dependente de muitas ideias anteriores que só puderam nascer sucessivamente, não se formou de uma só vez no espírito humano. Foi necessário fazer-se muitos progressos, adquirir-se muito engenho e luzes, transmiti-los e aumentá-los de século em século, antes de se chegar a esse derradeiro limite do estado de natureza.”

Por fim, seus comentários sobre a disputa entre um “punhado de poderosos e ricos”, de um lado, e uma “multidão de miseráveis”, do outro:

“...assinalaria como esse desejo universal de reputação, de honrarias e de preferências, que nos devora a todos, exercita e compara os talentos e as forças, excita e multiplica as paixões e, como tornando todos os homens concorrentes, rivais, ou melhor, inimigos, causa todos os dias reveses, sucessos e catástrofes de toda espécie, ao fazer com que tantos pretendentes corram na mesma liça. Mostraria que é a essa ânsia de fazer falar de si, a essa gana de distinguir-se que nos mantém quase sempre fora de nós mesmos que devemos o que há de melhor e de pior entre os homens, nossas virtudes e nossos vícios, nossas ciências e nossos erros, nosso conquistadores e nossos filósofos, ou seja, uma grande quantidade de coisas más contra um pequeno número de boas. Provaria enfim que, se vemos um punhado de poderosos e de ricos no topo das grandezas e da fortuna, enquanto a multidão rasteja na obscuridade e na miséria, é porque os primeiros só estimam as coisas que desfrutam na medida em que os outros dela estão privados, e porque, sem mudar de estado, deixariam de ser felizes se o povo deixasse de ser miserável”.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Jean-Jacques Rousseau - Continuação 2

Continuando esta espécie de “homenagem” aos 300 anos de nascimento do gênio Jean-Jacques Rousseau, seguem novamente passagens de suas obras que considero importantes e que já postei aqui neste blog. Mais uma vez as citações vêm da obra “Discurso Sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade Entre os Homens”.

Sobre a desigualdade e o vício, Rousseau diz:

“À medida que as ideias e os sentimentos se sucedem, que o espírito e o coração se exercitam, o gênero humano continua a domesticar-se, as ligações se estendem e os laços se apertam. Acostumam-se a reunir-se defronte das cabanas ou à volta de uma grande árvore; o canto e a dança, verdadeiros filhos do amor e do lazer, tornaram-se a diversão, ou melhor, a ocupação dos homens e das mulheres ociosos e agrupados. Cada qual começou a olhar os outros e a querer ser olhado por sua vez, e a estima pública teve um preço. Aquele que cantava ou dançava melhor; o mais belo, o mais forte, o mais hábil ou o mais eloquente passou a ser o mais considerado, e foi esse o primeiro passo para a desigualdade e para o vício ao mesmo tempo; dessas primeiras preferências nasceram, de um lado a vaidade e o desprezo, do outro a vergonha e o desejo; e a fermentação causada por esses novos germes produziu por fim compostos funestos à felicidade e à inocência.”

E sobre o surgimento da propriedade ele diz:

“...Mas, a partir do instante em que um homem necessitou do auxílio do outro, desde que percebeu que era útil a um só ter provisão para dois, desapareceu a igualdade, introduziu-se a propriedade, o trabalho tornou-se necessário e as vastas florestas se transformaram em campos risonhos que cumpria regar com o suor dos homens e nos quais logo se viu a escravidão e a miséria germinarem e medrarem com as searas.”

domingo, 1 de julho de 2012

Jean-Jacques Rousseau - Continuação 1

Aproveitando os 300 anos de nascimento do gênio Jean-Jacques Rousseau, conforme a postagem anterior, vou aproveitar para citar novamente passagens de suas obras que considero importantes e que já postei aqui neste blog.

Da obra “Discurso Sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade Entre os Homens”, temos:

“Evitemos, portanto, confundir o homem selvagem com os homens que temos diante dos olhos. A natureza trata todos os animais abandonados a seus cuidados com uma predileção que parece mostrar quão ciosa é desse direito. O cavalo, o gato, o touro e até o asno têm em sua maioria uma estatura mais alta, todos uma constituição mais robusta, mais vigor, força e coragem quando nas florestas do que em nossas casas; perdem a metade dessas vantagens ao se tornarem domésticos, e dir-se-ia que todos os nossos cuidados para tratar bem e alimentar esses animais só resultam em abastardá-los. Dá-se o mesmo com o próprio homem: ao tornar-se sociável e escravo, torna-se fraco, temereoso, rastejante, e sua maneira de viver, indolente e efeminada, acaba por debilitar-lhe ao mesmo tempo a força e a coragem. Acrescentemos que, entre as condições selvagem e doméstica, a diferença de homem para homem deve ser ainda maior do que a de animal para animal, pois, tendo sido o homem e o animal tratados igualmente pela natureza, todas as comodidades que o homem se concede a mais do que aos animais que domestica são outras tantas causas particulares que o fazem degenerar mais sensivelmente.”

Nesta mesma obra, temos a passagem abaixo, que trata dos males gerados pelas leis criadas para reprimir outros males:

“Cumpre convir que, quanto mais violentas são as paixões, mais necessárias são as leis para contê-las; porém, não só as desordens e os crimes que estas causam todos os dias entre nós mostram bem a insuficiência das leis a esse respeito, mas também seria bom examinar se essas desordens não nasceram com as próprias leis, porque então, ainda que estas fossem capazes de reprimi-las, o menos que se deveria exigir é que detivessem um mal que não existiria sem elas”.