George Orwell
Eric Arthur Blair (n. 1903), mais conhecido pelo pseudônimo George Orwell, faleceu há exatamente 62 anos, em 21 de janeiro de 1950. Foi um importante escritor e jornalista inglês e sua obra é marcada por uma inteligência perspicaz e bem-humorada, uma consciência profunda das injustiças sociais, uma intensa oposição ao totalitarismo e uma paixão pela clareza da escrita.
Filho de mãe de ascendência francesa e de um oficial da marinha britânica que trabalhava na Índia, onde Orwell nasceu, cursou a prestigiada Academia de Eton, onde se destacava como bom aluno e tinha tudo para seguir a carreira de seu pai, se tornando um importante oficial britânico. Aos dezoito anos foi servir à Polícia Imperial Indiana, mas este período serviu apenas para aumentar seu sentimento de inconformismo com qualquer tipo de totalitarismo e, principalmente, a política imperialista britânica. Seu período na polícia imperial virou um livro intitulado “Dias na Birmânia”, publicado apenas em 1934. Orwell voltou então para a Inglaterra decidido a não mais colaborar com a política da qual discordava e isso incluía abandonar totalmente o modelo de vida aristocrática da qual fez parte, chegando até a mudar de nome, adotando o pseudônimo de George Orwell.
Aqui se inicia sua história como trabalhador de uma fábrica em Paris e depois em Londres, como professor de uma escola primária, que amargaria dias de miséria imortalizados na obra “Na Pior em Paris e em Londres” (1933). Em 1936, mesmo ano em que publicou “O Vil Metal”, se inicia a Guerra Civil Espanhola e Orwell sente que aquele era o momento de fazer parte da história, se unindo então ao grupo antifascista em Barcelona. No período em que esteve na Espanha, Orwell chegou a tenente e só deu baixa após ser ferido por uma bala na garganta, sem gravidade. De volta à Inglaterra ele publica “Uma Homenagem à Catalunha” (também traduzido como “Lutando na Espanha”), em 1938.
Pouco depois, Orwell contrai tuberculose e viaja para o Marrocos onde “Um Pouco de Ar, Por Favor”, publicado em 1939. Naquele mesmo ano tinha início a II Guerra Mundial e Orwell, que já era bastante conhecido, passa a escrever para meios de comunicação, como The Observer e BBC. Ele estava descontente com os rumos que o comunismo tomara e chegava mesmo a dizer que o regime soviético havia traído a Revolução de 1917. Orwell então manifesta seu descontentamento em resenhas políticas, como “Dentro da Baleia” (1944) e “O Abate de um elefante” (1950), mas é em “A Revolução dos Bichos” (1945) que ele escancara o totalitarismo soviético, tendo visto sua crença no socialismo democrático abalada pelo “socialismo real”.
O trabalho de Orwell culmina com “1984” (1949), uma espécie de distopia onde ele retrata o mundo futuro dominado por um regime totalitário e pela mentira. O livro é considerado como uma ficção científica mais voltada para implicações humanas e sociais, junto com obras como “Admirável Mundo Novo” (1932), de Aldous Huxley, que, inclusive, publicou, mais tarde um ensaio intitulado “Regresso ao Admirável Mundo Novo” onde cita diversas vezes a obra “1984”, de George Orwell.
Orwell faleceu em 1950 em decorrência da tuberculose que adquirira anos antes. Sua influência na cultura contemporânea, tanto popular quanto política, perdura até os dias de hoje. Vários neologismos criados por ele, assim como o termo “orwelliano” – palavra usada para definir qualquer fenômeno social draconiano ou manipulativo ou um conceito contrário à uma sociedade livre – já fazem parte do vernáculo popular.
Referências: InfoEscola e Wikipedia
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