segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Lamarck e a Teoria dos Caracteres Adquiridos

Jean-Baptiste Pierre Antoine de Monet, Chevalier de Lamarck, ou simplesmente Lamarck, como ficou conhecido, foi um naturalista francês que desenvolveu a Teoria dos Caracteres Adquiridos, uma teoria da evolução hoje em dia desacreditada. Lamarck personificou as ideias pré-darwinistas sobre a evolução. Foi ele que, de fato, introduziu o termo biologia. Lamarck nasceu há exatamente 267 anos, em 1º de agosto de 1744.

Originário da baixa nobreza, Lamarck interessou-se por história natural e escreveu uma obra de vários volumes sobre a flora francesa. Isto chamou a atenção do Conde de Buffon, que o indicou para o Museu de História Natural de Paris. Depois de ter trabalhado durante vários anos com plantas, Lamarck foi nomeado curador dos invertebrados (mais um termo introduzido por ele). Antes de 1800, ele era um essencialista que acreditava que as espécies eram imutáveis. Mas, graças ao seu trabalho sobre os moluscos da Bacia de Paris, ficou convencido da transmutação das espécies ao longo do tempo e desenvolveu a sua teoria da evolução, apresentada ao público em 1809 em “Philosophie Zoologique”. A teoria de Lamarck não obteve grande aceitação na França, mesmo entre seus colegas do Museu Nacional de História Natural, havendo, entretanto, uma boa aceitação na Inglaterra. Apesar disto, Lamarck não foi capaz de convencer os homens de seu tempo de que a evolução fosse um fato.

Lamarck
A teoria da Evolução de Lamarck é fundamentada em dois aspectos: (1) a tendência dos seres para um melhoramento constante rumo à perfeição, um aumento da complexidade dos seres menos desenvolvidos aos mais desenvolvidos; esta tendência seria uma força externa, semelhante à atração gravitacional, que, se agisse isoladamente, geraria uma linha contínua e progressiva. Porém, esta tendência não atua sozinha na evolução: há a lei (2) do uso e desuso que, conjugada com a transmissão dos caracteres adquiridos, provoca desvios na linha evolutiva.

Segundo a lei do uso e desuso, os indivíduos perdem as características de que não precisam e desenvolvem as que utilizam. O uso contínuo de um órgão ou parte do corpo faz com que este se desenvolva e seja apto para o correto funcionamento, enquanto o desuso de um órgão ou parte do corpo faz com que este se atrofie e com o tempo perca totalmente sua função no corpo do indivíduo. Estas mudanças seriam transmitidas aos descendentes através da transmissão das características adquiridas. Por exemplo, as crias das girafas herdariam o pescoço comprido dos pais que, supostamente, o desenvolveriam ao se alimentarem das folhas das árvores mais altas. Assim, Lamarck acreditava que, como o ambiente terrestre sofre modificações constantes, as suas alterações estruturais forçam os seres que nele vivem a se transformarem para se adaptarem ao novo meio.

Lamarck defendia a geração espontânea contínua das espécies, com os organismos mais simples a serem depois transmutados com o tempo (pelo seu mecanismo) tornando-se mais complexos e próximos da perfeição ideal. Acreditava, portanto, num processo teleológico, com um fim determinado em que os organismos se tornam mais perfeitos à medida que evoluem.

Referência: Wikipedia