terça-feira, 16 de março de 2010

Édito de Constantino

“Que todos os juízes, e todos os habitantes da Cidade, e todos os mercadores e artífices descansem no venerável dia do Sol. Não obstante, atendam os lavradores com plena liberdade ao cultivo dos campos; visto acontecer amiúde que nenhum outro dia é tão adequado à semeadura do grão ou ao plantio da vinha; daí o não se dever deixar passar o tempo favorável concedido pelo céu." (in: Codex Justinianus, lib. 13, it. 12, par. 2.)

Assim foi proclamado o chamado Édito de Constantino, em março do ano 321. A partir de então ficava declarada legalmente no Império Romano a adoração ao Deus-Sol. As religiões dominantes no império eram pagãs e, em Roma, era notável o Mitraísmo, especificamente o culto do Deus-Sol. Os adeptos do Mitraísmo se reuniam aos domingos e os judeus, que guardavam o sábado, estavam sendo sistematicamente perseguidos naquele momento devido às Guerras judaico-romanas. Por essa razão, o Édito de Constantino é considerado por alguns como anti-semita.

Imperador Constantino I
Embora alguns cristãos usassem o decreto de apoio à guarda do domingo para tentar solucionar a polêmica de guardar o sábado ou o domingo na Igreja Cristã, na realidade, o decreto não se aplica aos cristãos ou judeus. Por uma questão estreitamente relacionada, Eusébio afirmava que: "Por sorte não temos nada em comum com a multidão de detestáveis judeus porque recebemos de nosso Salvador uma dia de guarda diferente." Apesar disso, este fato não indica uma mudança do dia de guarda no Cristianismo, pois na prática o édito não favorece um dia diferente para o descanso religioso, inclusive o sábado judaico. Este édito fazia parte do direito civil romano e não era um decreto da Igreja Cristã nem se estendia às religiões abraâmicas. Somente no ano 325, no Primeiro Concílio de Nicéia, o domingo seria confirmado como dia de descanso cristão. A guarda do sábado seria abolida no Concílio de Laodicéia, no ano 364.

Além de tudo isso, por meio do Édito de Milão, o Imperador Constantino I legalizou e apoiou fortemente o Cristianismo, mas não tornou o paganismo ilegal ou fez do Cristianismo a religião oficial do Império. Ele ainda reconstruiu a antiga cidade grega de Bizâncio, chamando-a de Nova Roma, dotando-a de um senado e ministérios cívicos semelhantes aos da antiga Roma. Após a sua morte, Bizâncio passou a ser chamada Constantinopla em sua homenagem, tendo-se gradualmente tornado a capital do Império Romano do Oriente ou Império Bizantino (é hoje a cidade de Istambul).

Referências: Wikipedia e Parsifal

1 Comentário(s)::

Bao Ritcho disse...

grande domingo ne ow