Comentário de Jabor sobre o caso Isabella
Não sou lá muito fã do nosso querido conservador Arnaldo Jabor, mas de vez em quando ele fala algo que presta (na minha humilde opinião, pois tem gente que assina embaixo de tudo que ele diz). Bem, como Política não vem ao caso, e sim essa história trágica e que, ao mesmo tempo, já está nos saturando pelas notícias repetitivas pela verdadeira cara-de-pau do pai e da madrasta da criança morta, venho aqui reproduzir o comentário que ouvi ele fazer na Rádio CBN esses dias. Não somente sobre esse crime, mas sobre a lei e as penas no Brasil de modo geral.
“Neste caso Isabella a polícia mostrou sua competência científica. E a defesa diz que não há provas. Queriam o que? Ter a queda da menina filmada? É um dos casos mais brutais de nossa história. E não há miséria nem ignorância nesse crime. Essa família é rica e com caras de pedra se unem na negação de tudo. Que quer essa gente? Preservar o bom nome da família, fingir para si mesmo que nada houve? São parentes ou cúmplices?
Neste caso, o direito democrático de defesa legítimo esta sendo usado de uma forma delinqüente. Nós somos contra o linchamento, mas neste caso esta havendo um verdadeiro linchamento das evidências, do óbvio, um linchamento do bom senso nacional.
O caso mostra como a lei penal é antiga e ineficaz. Precisamos de leis mais duras, mais temíveis. O sujeito que esquartejou a namorada em legítima defesa está solto. Elias Maluco, que cortou em pedaços o Tim Lopes estava em liberdade condicional, sabiam? O assassino Pimenta Neves que matou a namorada está condenado e livre. Ao mesmo tempo, há seis anos.
O crime é rápido. A lei é lenta. Não há explicações ou como disse o filósofo Giacoia Jr: ‘O insuportável não é só a dor. Mas a falta de sentido da dor, e mais ainda, a dor da falta de sentido’.”
Fonte: Rádio CBN