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quinta-feira, 28 de junho de 2012

Jean-Jacques Rousseau

Em 28 de junho de 1712, há exatos 300 anos, nascia em Genebra um dos maiores filósofos e teóricos políticos de todos os tempos: Jean-Jacques Rousseau. Ele não conheceu a mãe , pois ela morreu alguns dias após do parto. Foi criado pelo pai, Isaac Rousseau, um relojoeiro calvinista. Aos 10 anos teve de afastar-se do pai, mas continuaram mantendo contato. Já na adolescência, foi estudar numa rígida escola religiosa, sendo aluno do pastor Lambercier. Mais tarde teve como amante uma rica senhora e, sob seus cuidados, desenvolveu interesse por música e filosofia.

Posteriormente pariu para Paris. Havia inovado muitas coisas no campo da música, o que lhe rendeu um convite de Diderot para que escrevesse sobre isso na famosa Enciclopédia. Além disso, obteve sucesso com uma de suas óperas, intitulada “O Adivinho da Vila”. Aos 37 anos, participando de um concurso da academia de Dijon cujo tema era "O restabelecimento das ciências e das artes terá favorecido o aprimoramento dos costumes?", torna-se famoso ao escrever como resposta o “Discurso Sobre as Ciências e as Artes”, ganhando o prêmio em 1750. Depois isso, Rousseau, então famoso na elite parisiense, é convidado para participar de discussões e jantares para expor suas ideias. Ao contrário de seu grande rival Voltaire, que também não tinha o sangue azul, aquele ambiente não o agradava. Outra importantíssima obra foi “Discurso Sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade entre os Homens”, também na competição da Academia de Dijon, em 1754.

Rousseau teve cinco filhos com sua amante de Paris, porém, acaba por colocá-los todos em um orfanato. Uma ironia, já que anos depois escreve o livro “Emílio”, ou “Da Educação”, que ensina sobre como se deve educar as crianças. Outro livro, a "Profissão de Fé do Vigário Saboiano", acaba por lhe render perseguições e retaliações tanto em Paris como em Genebra, chegando a ter as obras queimadas. Rousseau rejeita a religião revelada e é fortemente censurado. Era adepto de uma religião natural, em que o ser humano poderia encontrar Deus em seu próprio coração. No entanto, seu romance “A Nova Heloísa” mostra-o como defensor da moral e da justiça divina. Apesar de tudo, ele era um espiritualista e teve, por isso e entre outras coisas, Voltaire, outro importante iluminista como principal opositor.

Em sua obra “Confissões”, responde a muitas acusações de Voltaire. No fundo, Rousseau revela-se um cristão rebelado, desconfiado das interpretações eclesiásticas sobre os Evangelhos. Politicamente, expõe suas ideias na famosa obra “Contrato Social”. Ele procura um Estado social legítimo, próximo da vontade geral e distante da corrupção. A soberania do poder, para ele, deve estar nas mãos do povo, através do corpo político dos cidadãos. Segundo suas ideias, a população tem que tomar cuidado ao transformar seus direitos naturais em direitos civis, afinal “o homem nasce bom e a sociedade o corrompe”.

Em 1762, Rousseau começou a ser perseguido na França, pois suas obras foram consideradas uma afronta aos costumes morais e religiosos. Refugiou-se na cidade suíça de Neuchâtel. Em 1765, foi morar na Inglaterra a convite do filósofo David Hume. De volta à França, casou-se com Thérèse Levasseur, em 1767.

Depois de toda uma produção intelectual, suas fugas às perseguições e uma vida de aventuras e de errância, Rousseau passa a levar uma vida retirada e solitária. Por opção, ele foge dos outros homens e vive em certa misantropia. Nesta época, dedica-se à natureza, que sempre foi uma de suas paixões. Seu grande interesse por botânica o leva a recolher espécie e montar um herbário. Seus relatos desta época estão no livro “Devaneios de Caminhante Solitário”. Falece aos 66 anos, em 2 de julho de 1778.

Referência: Wikipedia

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Alexander Selkirk, o “verdadeiro” Robinson Crusoe

No dia 2 de fevereiro de 1709, há exatos 303 anos, o marinheiro escocês Alexander Selkirk foi resgatado após passar quatro anos como náufrago, após ser abandonado numa ilha deserta. Supõe-se que suas aventuras tenham inspirado Daniel Defoe a escrever o clássico da literatura “Robinson Crusoe”.

Em 1703 Selkirk juntou-se à expedição do corsário e explorador William Dampier. Enquanto este capitaneava o navio St. George, Selkirk serviu na galé Cinque Ports, que acompanhava o St. George, como mestre de navegação, sob o comando de Thomas Stradling. No ano seguinte as embarcações se separaram devido a uma desentendimento entre Stradling e Dampier e o Cinque Ports dirigiu-se à ilha Más a Tierra (atualmente conhecida como Ilha Robinson Crusoe), no arquipélago desabitado de Juan Fernández, ao largo da costa do Chile, para renovar suas provisões e estoque de água. O local, alvo de uma tentativa mal-sucedida de colonização pelos espanhóis, encontrava-se então abandonado, servindo como ponto de parada frequente para marinheiros britânicos.

SelkirkNeste ponto, Selkirk tinha graves preocupações quanto à capacidade de navegação da embarcação, cuja estrutura mostrou não se adaptar bem ao clima tropical. Contando com a passagem iminente do St. George, ele disse a Stradling que preferia ficar em Más a Tierra a afundar com o Cinque Ports, tentando convencer alguns dos seus colegas a desertar e permanecer na ilha. Ninguém concordou, mas o capitão declarou que lhe concederia aquele desejo, abandonando-o sozinho no local. Selkirk imediatamente arrependeu-se da decisão, mas não havia como voltar atrás. Como fora abandonado, e não expulso, pôde permanecer com seus pertences: um mosquete, pólvora, ferramentas variadas, uma faca, uma Bíblia, algumas peças de roupa e uma corda. Ele passaria os quatro anos e quatro meses seguintes privado de qualquer companhia humana. O Cinque Ports acabou naufragando em alto-mar, vitimando a maioria de seus marujos.

Selkirk permaneceu, a princípio, na parte costeira da ilha. Durante este período ele comia frutos do mar e vasculhava o oceano diariamente por sinais de resgate. Hordas de ruidosos leões-marinhos, reunindo-se na praia para a temporada de acasalamento, finalmente o obrigaram a explorar o interior da ilha. Lá sua vida melhorou, pois havia mais alimentos disponíveis, como cabras selvagens, que podiam fornecer-lhe carne e leite. Selkirk provou ser engenhoso em utilizar o equipamento que trouxera, assim como materiais disponíveis na ilha. Ele construíu, próximo a uma fonte de água, duas cabanas, utilizou seu mosquete para caçar cabras e a faca para limpar suas carcaças. Quando a munição ficou escassa, passou a caçar suas presas a pé. Ele lia a Bíblia com frequência, buscando nela conforto para sua condição e prática para seu inglês. As lições que aprendera no curtume de seu pai durante a infância foram de grande ajuda durante a estadia na ilha. Quando suas roupas puíram, ele produziu novos trajes com a pele das cabras. Quanto aos instrumentos, ele conseguiu ao menos forjar uma nova faca a partir dos anéis dos barris abandonados na praia.

Resgate de Selkirk
Nesse ínterim, duas embarcações espanholas ancoraram na ilha, mas, na condição de corsário e escocês, Selkirk corria grande risco caso fosse capturado. Somente em 2 de fevereiro de 1709, por meio do navio Duke, capitaneado justamente por William Dampier, Selkirk foi descoberto pelo capitão Woodes Rogers. Ele caçou animais e ajudou a restaurar a saúde dos homens de Rogers, abalada pelo escorbuto, e o capitão concedeu-lhe o comando independente de um de seus navios. Um livro de autoria de Rogers, “A Cruising Voyage Round the World: First to the South-Sea, Thence to the East-Indies, and Homewards by the Cape of Good Hope”, publicado em 1712, incluía um relato sobre o suplício de Selkirk. Na mesma época ele foi entrevistado por Richard Steele e o artigo sobre suas aventuras, publicado no “The Englishman”, foi um sucesso entre os leitores.

Um dos muitos leitores do livro do capitão Rogers foi o escritor Daniel Defoe e a história das desventuras de Selkirk exerceu profunda influência na caracterização da personagem-título de sua obra-prima “Robinson Crusoe”. Uma das semelhanças mais evidentes é a vestimenta de pele de cabra de seu náufrago. Apesar de, no contexto do livro, parecer absurda e desnecessária, levando-se em conta que a ilha paradisíaca foi transposta por Defoe do Pacífico para o Atlântico, com seu clima temperado e muito mais quente, esta permanece como uma das características mais marcantes da personagem.

Referência: Wikipedia

sábado, 21 de janeiro de 2012

George Orwell

Eric Arthur Blair (n. 1903), mais conhecido pelo pseudônimo George Orwell, faleceu há exatamente 62 anos, em 21 de janeiro de 1950. Foi um importante escritor e jornalista inglês e sua obra é marcada por uma inteligência perspicaz e bem-humorada, uma consciência profunda das injustiças sociais, uma intensa oposição ao totalitarismo e uma paixão pela clareza da escrita.

George OrwellFilho de mãe de ascendência francesa e de um oficial da marinha britânica que trabalhava na Índia, onde Orwell nasceu, cursou a prestigiada Academia de Eton, onde se destacava como bom aluno e tinha tudo para seguir a carreira de seu pai, se tornando um importante oficial britânico. Aos dezoito anos foi servir à Polícia Imperial Indiana, mas este período serviu apenas para aumentar seu sentimento de inconformismo com qualquer tipo de totalitarismo e, principalmente, a política imperialista britânica. Seu período na polícia imperial virou um livro intitulado “Dias na Birmânia”, publicado apenas em 1934. Orwell voltou então para a Inglaterra decidido a não mais colaborar com a política da qual discordava e isso incluía abandonar totalmente o modelo de vida aristocrática da qual fez parte, chegando até a mudar de nome, adotando o pseudônimo de George Orwell.

Aqui se inicia sua história como trabalhador de uma fábrica em Paris e depois em Londres, como professor de uma escola primária, que amargaria dias de miséria imortalizados na obra “Na Pior em Paris e em Londres” (1933). Em 1936, mesmo ano em que publicou “O Vil Metal”, se inicia a Guerra Civil Espanhola e Orwell sente que aquele era o momento de fazer parte da história, se unindo então ao grupo antifascista em Barcelona. No período em que esteve na Espanha, Orwell chegou a tenente e só deu baixa após ser ferido por uma bala na garganta, sem gravidade. De volta à Inglaterra ele publica “Uma Homenagem à Catalunha” (também traduzido como “Lutando na Espanha”), em 1938.

A Revolução dos BichosPouco depois, Orwell contrai tuberculose e viaja para o Marrocos onde “Um Pouco de Ar, Por Favor”, publicado em 1939. Naquele mesmo ano tinha início a II Guerra Mundial e Orwell, que já era bastante conhecido, passa a escrever para meios de comunicação, como The Observer e BBC. Ele estava descontente com os rumos que o comunismo tomara e chegava mesmo a dizer que o regime soviético havia traído a Revolução de 1917. Orwell então manifesta seu descontentamento em resenhas políticas, como “Dentro da Baleia” (1944) e “O Abate de um elefante” (1950), mas é em “A Revolução dos Bichos” (1945) que ele escancara o totalitarismo soviético, tendo visto sua crença no socialismo democrático abalada pelo “socialismo real”.

1984O trabalho de Orwell culmina com “1984” (1949), uma espécie de distopia onde ele retrata o mundo futuro dominado por um regime totalitário e pela mentira. O livro é considerado como uma ficção científica mais voltada para implicações humanas e sociais, junto com obras como “Admirável Mundo Novo” (1932), de Aldous Huxley, que, inclusive, publicou, mais tarde um ensaio intitulado “Regresso ao Admirável Mundo Novo” onde cita diversas vezes a obra “1984”, de George Orwell.

Orwell faleceu em 1950 em decorrência da tuberculose que adquirira anos antes. Sua influência na cultura contemporânea, tanto popular quanto política, perdura até os dias de hoje. Vários neologismos criados por ele, assim como o termo “orwelliano” – palavra usada para definir qualquer fenômeno social draconiano ou manipulativo ou um conceito contrário à uma sociedade livre – já fazem parte do vernáculo popular.

Referências: InfoEscola e Wikipedia

quinta-feira, 3 de março de 2011

Se estou só, quero não estar

Pode-se dizer que é o poema do “homem, um eterno insatisfeito”...


Fernando Pessoa


SE ESTOU SÓ, QUERO NÃO ESTAR
(Fernando Pessoa)

Se estou só, quero não estar
Se não estou, quero estar só
Enfim, quero sempre estar
Da maneira que não estou.

Ser feliz é ser aquele
E aquele não é feliz
Porque pensa dentro dele
E não dentro do que eu quis

A gente faz o que quer
Daquilo que não é nada
Mas falha se o não fizer
Fica perdido na estrada

sábado, 28 de agosto de 2010

Rapidinhas de 28 de agosto


1749 - Nascimento de Goethe: Nascido em Frankfurt, Goethe foi um dos mais importantes escritores e pensadores alemães, que também se enveredou pelo campo da ciência. Como escritor, Goethe foi uma das mais importantes figuras da literatura alemã e do Romantismo europeu no final do séc. XVIII e início do séc. XIX. GoetheJuntamente com Friedrich Schiller foi um dos líderes do movimento literário romântico alemão conhecido como “Sturm und Drang”. De sua vasta produção fazem parte romances, peças de teatro, poemas, escritos autobiográficos, reflexões teóricas nas áreas de arte, literatura e ciências naturais. Além disso, sua correspondência com pensadores e eminentes personalidades da época é grande fonte de pesquisa e análise de seu pensamento. Através do romance “Os Sofrimentos do Jovem Werther”, Goethe tornou-se famoso em toda a Europa. Mais tarde, com o amadurecimento de sua produção literária, Goethe se tornou o mais importante autor do Classicismo de Weimar. Outras importantes obras suas foram “Prometheus” (1774), “Torquato Tasso” (1780), “Fausto” (1806) e “As Afinidades Eletivas” (1809). Ele faleceu em 1832.

1828 - Nascimento de Tolstoi: O russo Leon Tolstoi é considerado um dos maiores escritores de todos os tempos. Nascido numa família nobre, ele ficou órfão ainda aos nove anos e foi educado por preceptores. Além de sua fama como escritor, Tolstoi ficou famoso por tornar-se, na velhice, um pacifista, cujos textos Tolstoie ideias batiam de frente com as da Igreja e dos governos, pregando uma vida simples e em proximidade à natureza. Junto a Fiodor Dostoievski, Gorki e Tchecov, Tolstoi foi um dos maiores nomes da literatura russa do séc. XIX. Depois da década de 1870, suas convicções cada vez mais exaltadas passaram a atrair a atenção de místicos do mundo inteiro. Ao mesmo tempo, ampliava-se sua fama de grande romancista. Suas obras mais famosas foram “Cossacos” (1863), “Guerra e Paz” (1869), “Anna Karenina” (1877) e “A Morte de Ivan Ilitch” (1886). Morreu aos 82 anos em decorrência de uma pneumonia.

Repórter Esso1941 - Entra no ar o Repórter Esso: Nesse dia ocorria a primeira transmissão de um programa de notícias no rádio brasileiro, o Repórter Esso. O programa era patrocinado pela empresa norte-americana Standard Oil Company of Brazil, conhecida como Esso do Brasil. Os locutores que fizeram maior sucesso no programa foram Gontijo Teodoro, Luiz Jatobá e Heron Domingues. Alguns de seus famosos slogans eram: “Repórter Esso, o primeiro a dar as últimas” e “Repórter Esso, a testemunha ocular da história”. O programa inicialmente foi criado para fazer a propaganda da guerra americana direcionada ao povo brasileiro. Iniciou sua atividade apoiado pelo presidente Getúlio Vargas e sob a orientação do Departamento de Imprensa e Propaganda. Foi um dos primeiros sintomas da globalização das comunicações, pois o chamado “pacote cultural-ideológico” dos Estados Unidos incluía uma síntese noticiosa de cinco minutos rigidamente cronometrados, a primeira de caráter global, transmitido em 14 países do continente americano por 59 estações de rádio, constituindo-se na mais ampla rede radiofônica mundial. O programa chegou a ser transmitido também na televisão de 1952 a 1970. A última transmissão no rádio ocorreu em 31 de dezembro de 1968.

Referências: Wikipedia e NetSaber

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Pátria Minha


Vinícius de Moraes

PÁTRIA MINHA

A minha pátria é como se não fosse, é íntima
Doçura e vontade de chorar; uma criança dormindo
É minha pátria. Por isso, no exílio
Assistindo dormir meu filho
Choro de saudades de minha pátria.

Se me perguntarem o que é a minha pátria direi:
Não sei. De fato, não sei
Como, por que e quando a minha pátria
Mas sei que a minha pátria é a luz, o sal e a água
Que elaboram e liquefazem a minha mágoa
Em longas lágrimas amargas.

Vontade de beijar os olhos de minha pátria
De niná-la, de passar-lhe a mão pelos cabelos...
Vontade de mudar as cores do vestido (auriverde!) tão feias
De minha pátria, de minha pátria sem sapatos
E sem meias pátria minha
Tão pobrinha!

Porque te amo tanto, pátria minha, eu que não tenho
Pátria, eu semente que nasci do vento
Eu que não vou e não venho, eu que permaneço
Em contato com a dor do tempo, eu elemento
De ligação entre a ação o pensamento
Eu fio invisível no espaço de todo adeus
Eu, o sem Deus!

Tenho-te no entanto em mim como um gemido
De flor; tenho-te como um amor morrido
A quem se jurou; tenho-te como uma fé
Sem dogma; tenho-te em tudo em que não me sinto a jeito
Nesta sala estrangeira com lareira
E sem pé-direito.

Ah, pátria minha, lembra-me uma noite no Maine, Nova Inglaterra
Quando tudo passou a ser infinito e nada terra
E eu vi alfa e beta de Centauro escalarem o monte até o céu
Muitos me surpreenderam parado no campo sem luz
À espera de ver surgir a Cruz do Sul
Que eu sabia, mas amanheceu...

Fonte de mel, bicho triste, pátria minha
Amada, idolatrada, salve, salve!
Que mais doce esperança acorrentada
O não poder dizer-te: aguarda...
Não tardo!

Quero rever-te, pátria minha, e para
Rever-te me esqueci de tudo
Fui cego, estropiado, surdo, mudo
Vi minha humilde morte cara a cara
Rasguei poemas, mulheres, horizontes
Fiquei simples, sem fontes.

Pátria minha... A minha pátria não é florão, nem ostenta
Lábaro não; a minha pátria é desolação
De caminhos, a minha pátria é terra sedenta
E praia branca; a minha pátria é o grande rio secular
Que bebe nuvem, come terra
E urina mar.

Mais do que a mais garrida a minha pátria tem
Uma quentura, um querer bem, um bem
Um libertas quae sera tamem
Que um dia traduzi num exame escrito:
"Liberta que serás também"
E repito!

Ponho no vento o ouvido e escuto a brisa
Que brinca em teus cabelos e te alisa
Pátria minha, e perfuma o teu chão...
Que vontade de adormecer-me
Entre teus doces montes, pátria minha
Atento à fome em tuas entranhas
E ao batuque em teu coração.

Não te direi o nome, pátria minha
Teu nome é pátria amada, é patriazinha
Não rima com mãe gentil
Vives em mim como uma filha, que és
Uma ilha de ternura: a Ilha
Brasil, talvez.

Agora chamarei a amiga cotovia
E pedirei que peça ao rouxinol do dia
Que peça ao sabiá
Para levar-te presto este avigrama:
"Pátria minha, saudades de quem te ama...
Vinicius de Moraes."

Texto extraído do livro "Vinicius de Moraes - Poesia Completa e Prosa", Editora Nova Aguilar - Rio de Janeiro, 1998, pág. 383.

Referência: Releituras

sábado, 4 de abril de 2009

I: Citações de Shakespeare

Algumas citações das peças de William Shakespeare (temas com a letra “I”):


Idade:


“Não sou tão jovem para amar uma mulher por causa de seu canto, nem tão velho para me apaixonar por ela sem motivo”. (O Rei Lear - Ato I, Cena IV: Kent)


Idolatria:


“É tola idolatria tornar o culto mais solene do que o próprio Deus”. (Troilo e Cressida - Ato II, Cena II: Heitor)


Importuno:


“Prefiro ser descortês a ser importuno”. (As Alegres Comadres de Windsor - Ato I, Cena I: Slender)


Impossível:


“Não creias impossível o que apenas improvável parece”. (Medida por Medida - Ato V, Cena I: Isabela)


Ingratidão:


“Ingratidão, demônio de coração de mármore...” (O Rei Lear - Ato I, Cena IV: Lear)


Inimigo:


“Sede sensato, não deixanto quente demais a fornalha do inimigo, para que não venhais a cair nela”. (Vida o Rei Henrique VIII - Ato I, Cena I: Norfolk)


Interesse:


“Interesse, esse alcaiote tecedor de intrigas...” (Vida e Morte do Rei João - Ato II, Cena I: O Bastardo)


Citações: | | B | C | D | E | F | H

Referência: Shakespeare de A a Z - Livro das Citações

domingo, 19 de outubro de 2008

Rapidinhas de 19 de outubro


Irmãos Lumiére1862 - Lumière: Nasceu nesete dia o francês Auguste Marie Louis Nicholas Lumière, que, junto com seu irmão Louis Jean, inventou do projetor cinematográfico e é considerado por muitos como um dos pais do cinema. Hoje alguns estudiosos afirmam que o aparelho foi inventado por Léon Bouly, em 1892, que teria perdido a patente, de novo registrada pelos irmãos Lumière em 1895. O fato é que eles continuam sendo considerados os fundadores da “Sétima Arte”, ao lado de Georges Méliès, também francês. Auguste e Louis eram ambos engenheiros e dedicaram-se à atividade cinematográfica produzindo alguns documentários curtos, destinados à promoção do invento, embora acreditassem que o aparelho era apenas um instrumento científico sem futuro comercial.

Dirigível de Santos Dumont1901 - Dirigível de Santos Dumont: O brasileiro Alberto Santos Dumont convoca jurados do Aeroclube de Paris para testemunhar a volta do seu dirigível nº 6 em torno da famosa Torre Eiffel e arrematar o prêmio Deutsch. Exatamente cinco anos depois, em outubro de 1906, ele voaria cerca de 60 metros com o avião 14 Bis, no Campo de Bagatelle, também em Paris.

Fluminense1902 - Fluminense x Rio FC: Neste dia foi disputada a primeira partida oficial do o Fluminense Football Club, que goleou o Rio Football Club por 8x0. O Rio Football Club, um clube do bairro do Flamengo foi fundado alguns dias antes do Fluminense por alguns dissidentes da equipe de futebol de Oscar Cox, sendo assim o primeiro clube da história do Rio de Janeiro fundado para a prática exclusiva de futebol. No entanto, o clube foi extinto sem nunca ter disputado o campeonato carioca. Com o fim do Rio FC, coube ao Fluminense o título de agremiação criada para a prática do futebol mais antiga do Rio de Janeiro em atividade.

Vinícius de Moraes1913 - Vinícius de Moraes: Neste dia nasceu o jornalista, poeta e compositor brasileiro Vinícius de Moraes. Poeta essencialmente lírico, notabilizou-se pelos seus sonetos, forma poética que se tornou quase associada ao seu nome. Conhecido como um boêmio inveterado, fumante e apreciador do whisky, era também conhecido por ser um grande conquistador. Ele casou-se por nove vezes ao longo de sua vida. Sua obra é vasta, passando pela literatura, teatro, cinema e música. No campo musical, teve como principais parceiros Tom Jobim, Toquinho, Baden Powell e Carlos Lyra. Alguns de seus maiores sucessos foram “A Felicidade”, “Chega de Saudade”, “Eu Sei Que Vou Te Amar” e “Garota de Ipanema”.

Ernest Rutherford1937 - Falecimento de Ernest Rutherford: Famoso químico e físico neozelandês. Recebeu o Prémio Nobel de Química em 1908 por suas investigações sobre a desintegração dos elementos e a química das substâncias radioativas. Em 1919, em Cambridge, Rutherfod percebeu que a carga positiva de um átomo estava concentrada no centro, num minúsculo e denso núcleo, introduzindo o conceito de “núcleo atômico”. Desenvolveu, então, a moderna concepção do átomo como um núcleo em torno do qual elétrons giram em órbitas elípticas. A liderança e o trabalho de Rutherford inspiraram duas gerações de cientistas. Baseado na concepção de Rutherford, o físico dinamarquês Niels Bohr idealizaria mais tarde um novo modelo atômico.


Referência: Wikipedia

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

F: Citações de Shakespeare

Algumas citações das peças de William Shakespeare (temas com a letra “F”):


Falador:


“Antes ser censurado por calado do que por falador”. (Bem Está o Que Bem Acaba - Ato I, Cena I: Condessa)


Felicidade:


“O silêncio é o mais eloqüente arauto da alegria; pequena seria a minha felicidade se eu pudesse dizer o quanto ela é grande”. (Muito Barulho Por Nada - Ato II, Cena I: Cláudio)


Filosofia:


“Há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha nossa vã filosofia”. (Hamlet - Ato I, Cena V: Hamlet)


Fim:


“Sendo o fim doce, que importa que o começo amargo fosse?”. (Bem Está o Que Bem Acaba - Ato V, Cena III: Rei)


Citações: | | B | C | D | E | H

Referência: Shakespeare de A a Z - Livro das Citações

quinta-feira, 6 de março de 2008

E: Citações de Shakespeare

Algumas citações das peças de William Shakespeare (temas com a letra “E”):


Ensinar:


“É-me mais fácil ensinar a vinte pessoas como devem comportar-se do que ser uma das vinte e seguir minha própria doutrina”. (O Mercador de Veneza - Ato I, Cena II: Pórcia)


Escolha:


“Entre maçãs podres não há o que escolher”. (A Megera Domada - Ato I, Cena I: Hortênsio)


Espírito:


“Não há torre de pedra ou muralha de aço duro, nem calabouço infecto ou fortes elos que possam resistir à força do espírito”. (Júlio César - Ato I, Cena III: Cássio)


Experiência:


“Ninguém poderá jamais aperfeiçoar-se se não tiver o mundo como mestre; a experiência se adquire na prática”. (Os Dois Cavalheiros de Verona - Ato I, Cena III: Antônio)


Citações: | | B | C | D | H

Fonte: Shakespeare de A a Z - Livro das Citações

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

D: Citações de Shakespeare

Algumas citações das peças de William Shakespeare (temas com a letra “D”):


Defeito:


“Felizes dos que ouvem enumerar seus defeitos e assim podem corrigir-se”. (Como Gostais - Ato IV, Cena I: Rosalinda)


Doença:


“Quando a doença maior penetra, as outras não se sentem”. (Rei Lear - Ato III, Cena IV: Lear)


Dívidas:


“Quem morre salda as dívidas”. (A Tempestade - Ato III, Cena II: Estéfano)


Dor:


“Incêndio a incêndio cura; uma dor faz minguar a mais antiga”. (Romeu e Julieta - Ato I, Cena II: Benvólio)
“Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente”. (Muito Barulho Por Nada - Ato III, Cena II: Benedito)


Citações: | | B | C | H

Fonte: Shakespeare de A a Z - Livro das Citações

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

C: Citações de Shakespeare

Algumas citações das peças de William Shakespeare (temas com a letra “C”):


Causa Justa:


“Não pode haver couraça mais forte do que um coração limpo. Está três vezes mais armado quem defende a causa justa, ao passo que está nu, ainda que de aço revestido, o indivíduo de consciência manchada por ciúmes e injustiça”. (Henrique VI - Ato III, Cena II: Rei Henrique)


Céu:


“Quanto mais belo o céu e mais ele esplende, mais feia é a nuvem que o brilho lhe ofende”. (A Tragédia do Rei Ricardo II - Ato I, Cena I: Bolingbroke)


Companhia:


“A sabedoria e a ignorância se transmitem como doenças; daí a necessidade de se saber escolher as companhias”. (Henrique VI - Ato V, Cena I: Falstaff)


Conselho:


“Não faças como alguns desses pastores que aconselham aos outros o caminho do céu enquanto eles seguem ledos a estrada dos prazeres, sem dos próprios conselhos se lembrarem”. (Hamlet - Ato I, Cena III: Ofélia)


Citações: | | B | H

Fonte: Shakespeare de A a Z - Livro das Citações

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Rapidinhas de 27 de novembro


Termômetro na Escala Celsius1701 - Nascimento de Anders Celsius: O astrônomo sueco foi o criador da escala Celsius de temperatura. Anders Celsius propôs inicialmente que o ponto de congelação da água fosse 100°C e o ponto de evaporação 0°C. Isto foi invertido em 1747, provavelmente sob instigação Daniel Ekström, o construtor da maior parte dos termômetros usados por Celsius.

Alexandre Dumas Filho1895 - Morte de Alexandre Dumas (filho): Filho bastardo de Alexandre Dumas, ele seguiu os passos do pai, tornando-se um conceituado autor de livros e peças de teatro. Seu romande com a jovem cortesã Marie Duplessi lhe deu a inspiração para o famoso romance “A Dama das Camélias”. A obra é a base para ópera La Traviata, do italiano de Giuseppe Verdi. Durante sua vida escreveu outros doze romances e diversas peças. Em 1867 ele publicou seu semi-autobiográfico romance, “L'affaire Clemenceau”, considerado por muitos como uma de suas melhores obras.

Bruce Lee1940 - Nascimento de Bruce Lee: Lendário ator norte-americano, nascido em San Francisco, um dos artistas marciais mais importantes do século XX, responsável pela popularização dos filmes de Hong Kong. É considerado por muitos o melhor lutador de Artes Marciais de todos os tempos e foi o criador do Jeet Kune Do. Morreu precocemente em decorrência de um edema cerebral em 1973, antes de completar 33 anos de idade.

Jimi Hendrix1942 - Nascimento de Jimi Hendrix: Guitarrista norte-americano, amplamente considerado um dos mais importantes da história do rock. Se inspirou nas inovações de músicos de blues, tais como B. B. King, Albert King e T-Bone Walker, assim como nos guitarristas de R&B (rhythm and blues), como Curtis Mayfield. Foi também um dos maiores responsáveis pela ampliação da tradição da guitarra no rock. Em 1970, antes de completar 28 anos, foi encontrado desacordado no quarto de um hotel onde estava em Londres após ter tomado nove pílulas para dormir e asfixiando em seu próprio vômito. Ele morreu horas mais tarde em um hospital.

2001 - Descoberta científica: O telescópio espacial Hubble detecta hidrogênio na atmosfera do planeta Osíris, a primeira atmosfera planetária fora do Sistema Solar a ser encontrada.

Telescópio Hubble
Fonte: Wikipedia

sábado, 17 de novembro de 2007

Punhado de poderosos e ricos vs Multidão miserável

Quase no final do livro “Discurso Sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade Entre os Homens”, Jean-Jacques Rousseau faz observações que possibilitam avaliar com bastante exatidão, segundo ele, quanto cada povo se distanciou de seus modos primitivos e o caminho que cada um deles percorreu rumo ao extremo da corrupção. Assim, em suas próprias palavras:

“...assinalaria como esse desejo universal de reputação, de honrarias e de preferências, que nos devora a todos, exercita e compara os talentos e as forças, excita e multiplica as paixões e, como tornando todos os homens concorrentes, rivais, ou melhor, inimigos, causa todos os dias reveses, sucessos e catástrofes de toda espécie, ao fazer com que tantos pretendentes corram na mesma liça. Mostraria que é a essa ânsia de fazer falar de si, a essa gana de distiguir-se que nos mantém quase sempre fora de nós mesmos que devemos o que há de melhor e de pior entre os homens, nossas virtudes e nossos vícios, nossas ciências e nossos erros, nosso conquistadores e nossos filósofos, ou seja, uma grande quantidade de coisas más contra um pequeno número de boas. Provaria enfim que, se vemos um punhado de poderosos e de ricos no topo das grandezas e da fortuna, enquanto a multidão rasteja na obscuridade e na miséria, é porque os primeiros só estimam as coisas que desfrutam na medida em que os outros dela estão privados, e porque, sem mudar de estado, deixariam de ser felizes se o povo deixasse de ser miserável”.

Não há nada mais perfeito, na minha opinião, para explicar o que acontece na sociedade, explicar o que é a diferença entre os mais ricos e os mais pobres e porque ela continua a existir, do que esta passagem inteira, principalmente a última parte: “...se vemos um punhado de poderosos e de ricos no topo das grandezas e da fortuna, enquanto a multidão rasteja na obscuridade e na miséria, é porque os primeiros só estimam as coisas que desfrutam na medida em que os outros dela estão privados, e porque, sem mudar de estado, deixariam de ser felizes se o povo deixasse de ser miserável”.

Fonte: Discurso Sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade Entre os Homens

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

B: Citações de Shakespeare

Algumas citações das peças de William Shakespeare (temas com a letra “B”):


Bem:


“Aos homens sobrevive o mal que fazem, mas o bem quase sempre com seus ossos fica enterrado”. (Júlio César - Ato III, Cena II: Antônio)
“Neste terreno onde é louvável fazer o mal, o bem fazer é insânia perigosa”. (Macbeth - Ato IV, Cena I: Lady MacDuff)
“As coisas em si mesmas não são boas nem más, é o pensamento que as torna desse ou daquele jeito”. (Hamlet - Ato II, Cena II: Hamlet)


Bondade:


“Até mesmo a bondade, se em demasia, morre do próprio excesso”. (Hamlet - Ato IV, Cena VII: O Rei)


Fonte: Shakespeare de A a Z - Livro das Citações

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Ventos uivantes



Quando eu vi essa foto pela primeira vez, o que me veio diretamente à cabeça foram as imagens criadas na minha mente quando li o livro “O Morro dos Ventos Uivantes”. É certo que cada um cria para si as imagens das personagens, dos locais, da história de um livro em geral. E a história desse livro é tão sombria, triste, cortante, que não penso em outra coisa quando vejo a foto a não ser na estranha trama envolvendo Cathy e Heathcliff e as outras personagens secundárias do livro de Emily Brontë.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

A: Citações de Shakespeare - Parte II

Algumas citações das peças de William Shakespeare (temas com a letra “A” - Parte II):


Amor:


“Se não te lembram as menores tolices que o amor te levou a fazer, é que jamais amaste”. (Como Gostais - Ato II, Cena IV: Sílvio)
“Tal como a sombra, o amor corre de quem o segue: foge, se o perseguis; se fugis, vos persegue”. (As Alegres Comadres de Windsor - Ato II, Cena II: Ford)
“Antes amar quem só o mal me deseja a quem, fingindo o bem, só o mal me enseja”. (Timão de Atenas - Ato IV, Cena III: Flávio)
“Os motivos do amor não têm motivo”. (Cimbelino - Ato IV, Cena II: Arvirago)


Aparência:


“Como há tantas coisas abjetas na aparência mas preciosas em sua aplicação!” (Tróilo e Cressida - Ato III, Cena III: Ulisses)


Aspiração:


“É lícito aspirar ao que não se pode alcançar”. (Péricles - Ato II, Cena I: Primeiro pescador)


Fonte: Shakespeare de A a Z - Livro das Citações

terça-feira, 9 de outubro de 2007

A Arte da Guerra - II


A Arte da GuerraFalando novamente sobre o livro "A Arte da Guerra", de Sun Tzu, mais especificamente a versão adaptada e organizada por James Clavell, posto aqui hoje o que ele diz sobre “dissimulação”. De novo chamo a atenção para o fato de que, com um pouco de imaginação, pode-se adaptar o que Sun Tzu diz no livro a praticamente qualquer área da vida no dia-a-dia.

“Qualquer operação militar tem na dissimulação sua qualidade básica. Um chefe que é capaz deve fingir ser incapaz; se está pronto, deve fingir-se despreparado; se estiver perto do inimigo deve parecer estar longe. Um bom chefe deve oferecer uma isca para fascinar o inimigo que procura alguma vantagem; capturar o inimigo quando ele está em desordem; preparar-se contra um inimigo, se este for poderoso. Se o inimigo for orgulhoso, provoque-o; se for humilde, encoraje sua arrogância; se estiver descansado, desgaste-o; se estiver unido, estimule a cizânia entre suas tropas.

Um comandante militar deve atacar onde o inimigo está desprevenido e deve utilizar caminhos que, para o inimigo, são inesperados. Para os estrategistas, estas afirmações são a chave para a vitória. Contudo, estes fatores não podem ser determinados por antecipação, com base em situações que ocorreram em guerras passadas. O general deve ser capaz de ponderar todos estes cálculos previamente no templo. O lado que contar mais pontos, vencerá; o que contar menos, não vencerá; pior ainda o que não contar ponto nenhum.”

Leia o post “A Arte da Guerra - I”

terça-feira, 18 de setembro de 2007

A: citações de Shakespeare - Parte I

Algumas citações das peças de William Shakespeare (temas com a letra “A” - Parte I):


Aceitação:


“Devemos aceitar o que é impossível deixar de acontecer”. (As Alegres Comadres de Windsor - Ato V, Cena V: Page)


Amizade:


“Chorar velhos amigos que perdemos não é tão proveitoso e saudável como nos alegrarmos pelas novas aquisições de amigos”. (Trabalhos de Amor Perdidos - Ato V, Cena II: Rei)


Amor:


“Amar é ser vencida a razão pela tolice”. (Os Dois Cavalheiros de Verona - Ato I, Cena I: Valentino)
“O sincero amor quase não fala; melhor se adorna com fatos e ações a verdadeira fé, não com palavras”. (Os Dois Cavalheiros de Verona - Ato II, Cena II: Proteu)
“O amor não vê com os olhos, vê com a mente; por isso é alado, é cego e tão potente”. (Sonho de uma Noite de Verão - Ato I, Cena I: Lisandro)


Fonte: Shakespeare de A a Z - Livro das Citações

sábado, 25 de agosto de 2007

H: citações de Shakespeare

Algumas citações das peças de William Shakespeare (temas com a letra “H”):


Hábito:


“Hábito, esse demônio que devora todos os sentimentos...” (Hamlet - Ato III, Cena IV: Hamlet)
“A quebra de certos hábitos honra mais que sua observância”. (Hamlet - Ato I, Cena IV: Hamlet)


Homem:


“Os homens deveriam ser somente o que parecem”. (Otelo - Ato III, Cena III: Iago)
“Que é o homem, se sua máxima ocupação e o bem maior não passam de comer e dormir”. (Hamlet - Ato IV, Cena IV: Hamlet)


Honra:


“Quantos perderam a honra para que a carcaça pudessem pôr a salvo”. (Cimbelino - Ato V, Cena III: Póstumo)



Fonte: Shakespeare de A a Z - Livro das Citações